--Hoje, você não vai poder sair à tarde. -- dissera-lhe a madrinha.
--Porquê? --perguntou ingenuamente.
Ela lhe deu as costas e entrou na butique.
Ele estava cansado de se enconder no porta-luvas. As paredes do cubículo transpiravam o sangue dos seu gemidos. O Marcinho  havia sido convidado para um prisão. Na piscina, as sessões de afogamento nunca seriam esquecidas. Suas roupas penduradas no fio de alta tensão. A tese esperando por ele. (Outra promessa que ele não conseguira cumprir.)  Ao pensar em voltar  para o casa onde os cãos  jogam  autorama, ele resolvera pixar o guarda-roupa com o mesmo polegar que, repedidas vezes, furava o microondas, para logo em seguida, sentar na mesinha de centro até terminar a leitura do livro dos cores. Era uma saída, a pior dentre tantas.
 
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