Lexotan, chá de tranca servido de madrugada. Minha orientação a deriva sem me dizer quem eu sou. (Como se isso fosse importante.) A moda a desfilar a identidade vencida. Kefir, licença prêmio, afônico. "Evite se medicar, pois assim se mascara o real problema." O real problema é que eu choro quando tendo escolher: Tóquio ou Beijing, Beiture ou Tel Aviv. Sou franco fraco facho. Os poros, esporos de testogerona em excesso, espelem mentiras. Esqueci como eram os esparmos. Músculos estriados atrofiados. A lexotan escorrendo o néctar, ouro derretido que me alimenta ontem à tarde, de manhã e à noite. O macho que fui anteontem resvala na fêmea que se monta diante do espelho. A glock esquecida no fundo da gaveta falsa. As navalhas de barbeiro. A seda vermelha, Tóquio. O sargento me aguardando com o descomunal desconhecido carne de muqueca. Você está a procura de quê? Muleque. Não vai sair, talvez entre, mas você estará tão dopado (ainda bem!) que o sangue incendiará tua retina. Era uma história. Presente de aniversário. "Quantos anos, querido." Você sabe, Madrinha, melhor que eu que nunca teremos como saber. Eu sou cara nervoso e nem quando o adjunto me beija a nuca me acalmo. Pede a saidera por favor, disse-lhe. Quero comemorar meu aniversário, agarrado à uma árvore, feito jabuticaba. Há kefirado suficiente para me cicatrizar as vísceras.
"O macho que fui anteontem resvala na fêmea que se monta diante do espelho." MUITO BOM ISSO. ADOREI!
ResponderExcluirOi Marcio, os pés de jabuticabas devem estar carregados nessa época do ano...um bjao
ResponderExcluirPaula,
ResponderExcluirSe você adorou, deve estar bom mesmo. Beijos! ;)
Amadinha,
Ainda não estão plenas de frutos, mas estou trabalhando para que logo estejam. Beijos ;)
agarrado feito jabuticaba. linda expressão.
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