20 de fev. de 2012

Rasta Lion 2007 - Reggae From Israel



e eu que reclamava dos preconceituosos, mas ainda estou pra conhecer um sujeito mais preconceituoso que eu. Passei toda minha adolescência ouvindo música erudita porque minha irmã dizia que rock'n'roll fazia apologia ao Satanás (ai que medo que não sinto mais). Uma sonoridade que me excitava; depois me mantive longe do movimento Hip Hop, crescendo na porta da minha casa, na Ceilândia, porque na minha concepção faziam apolgia à criminalidade. E, uma sonoridade que me desconcertava. Finalmente, tentei, juro que tentei, me manter longe do reggae, mas a curiosidade move minha criatividade na velocidade de 15 megas, e cá estou me segurando para não começar a girar pelo salão como um pião ensaidecido movido por uma bateria de carbonato de lítio. Estou aprendendo que não preciso aderir ao estilo de vida de quem quer que seja, tampouco preciso me inserir num grupo social para experimentar a natural cartase que os acordes harmoniosos que o ritmo do surto podem nos proporcionar. Como disse Sergio Loroza, ainda há pouco, na programa Faixa Musical do Canal Brasil: "axé para quem é de axé, aleluia para quem é de aleluia, shalom para quem é de shalom, salamaleico para quem é de salamaleico, amém para quem é de amém, e namastê para todo mundo. Estou pronto para voltar a escrever. Proust, Joyce, Saramago e Clarisse, me abençõe. Macunaíma renasce em mim.

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