Eu sei, sim, o que eu quero! Nessas horas não sou nenhum pouco modesto, apesar da minha alma permanecer de joelhos todos as vezes que preciso cumprir as metas assumidas com Santo Antônio. Como vai demorar um pouco o PowerBook sentar no meu colo, vou me divertindo com meus lápis de cores e minhas folhas A4.
A criptografia me resguarda a privacidade, enquanto reluto a me trocar por uma máquina que me trará problemas ortográficos. Mais adiante, perdido na melodia, concluo, erroneamente, que para cada canelada, há uma bofetada estratégica. Onde estão os sonetos?
Wait a minute, pls! Deseja logo Feliz Natal e vamos embora. Para dentro do forninho quente e cheiroso que me guardo todas as noites. E depois o maninho me diz que se perde, propositadamente, no labirinto demolido. Ruínas recém escavadas com as próprias mãos. Quem?
O bruxo que me oferecia uma maçã mordida. Não há como lhe negar a verdade (única). Passei geléia de capuchinha na torrada e pedi ao pisca-pisca que fosse intermitente durante toda a noite. O caos de inveja, ciúme e cobiça combinam com o fluxo vermelho-grená que me mancha o lençol. Nem diminutivos posso falar. Mando emplastificar minha língua antes de paragrafar todo post?
Cartões em forma de pinheiro me esperam, retribuir o carinho daqueles que evito, preciso. Sim. Desvio-me dos meus amigos quando os encontro remando no lago disforme. Feliz Natal traduzido num acesso. Remos que não me alcançam. Ainda sou bom no quem me descaracteriza.
Há dias precisava escrever. Mesmo sendo assim. A caixa d'água do vizinho vinha transbordando e eu sem poder visitar a metafórica Macau globalizada. Eita! Me perdi nas minhas ruas curvilíneas. Evangélico bebendo cachaça feito uma égua. Foi o que ouvi sobre o diplomata holandês. Porquinho de ouro. Bigorna de prata. Desejar noite feliz durante os altos e baixos que, inevitavelmente, será dois mil e cinco, até porque conflitos nos prende dentro do bombom de cupuaçu. Ah! Como fui ingênuo. Bombons são deliciosos, mesmo os de supermercado. Percebe o erro?
O anonimato chique. Silogismo elegante fuçando o bom gosto do bom senso. Eu sei que foi um equívoco. As provocações me desmoralizam. Mas se o PowerBook sentar-se no meu colo, (Olaxá!) poderei colaborar com meus colegas sem me preocupar em visitar a agência publicitária. Ele me ama; eu não, tanto quanto ele. Sou materialista, ele de direita. E se eu acreditar?
Tenho medo de abrir minha caixa postal e reencontrar vários desesperados e-mails do fulanizo, narrando suas arbitrariedades. Por telefone é mais fácil evitá-lo. Ele está viajando. Ele ainda não voltou. Não sei quando ele volta. Se eu não fosse covarde, se eu curtisse algemas sem travas, largaria o produtor para virar o ano numa cama de motel a R$10,00. Não seria pelo ato, tampouco pela beleza. É pela sensação de não poder respirar seu a ajuda da boca alheia. Vou preferir contemplar o PowerBook, como se películas compusessem meu cotidiano. Malas prontas, rumo o desconhecido conhecido.
Finalmente, deixo para a leitora esperta e o leitor curioso votos de Boas Festas, extensivos aos seus familiares. Só volto a publicar com a chegada dos Reis. Desculpa partir assim sem me despedir de ninguém, muitas vezes o PC dificulta o que deveria ser sempre fácil, simples e limpo.
P.S.: Escavei-me tanto que me esqueci de dizer: Papai Noel, eu gostaria muito de encontrar um PowerBook debaixo da minha cama na manhã do dia vinte e cinco. Juro que fingirei estar dormindo quando subir pelas escadas. Não pretendo, porém, dar-te nenhuma pontinha da coberta. Esse ano eu senti muito o frio da tua ausência. Pretendo te castigar exemplarmente.
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