Depois esvazio a despensa, antes os beija-flores a me perseguir. Hoje a frieza dos calcanhares me assopra verões. Tenho medo de que o telefone toque e eu não possa atendê-lo. Meus dedos sujos de mel percorrem córregos, riachos, rios, lagos e lagoas sem a esperança de que o destino mar se realize. E não se engane leitores, se me faço faca é porque as tentativas se concretizaram. De fato, falta-me assunto, sobram-nos biscoitos salgados, falta-me geladeiras, sobram-nos gelatinas cor-de-rosa sabor chocolate. Como se fizessem diferença. As rosas amarelas no vaso vicejam um aroma diferente. Elas debocham. Um estilete afiado me releva quem fui anteontem. Todos me conhecem, ninguém sabe quem sou, nem eu mesmo. É uma batalha contra o tempo num labirinto hostil. Alguém tem a chave desse ciberespaço onde me encontro?
Sobrenomes impronunciáveis tentam elevar minha auto-estima. Viva, o MSN. Viva, o ultrapassado Orkut. Tenho dono, amor, como você deve ter sido informado nos posts anteriores. Coleira machuca, mais que afaga. O cachorrinho não sabe latir quando quer parar. Irrelevante. Agora sim estamos juntos e comungando do mesmo alfabeto. Laranja denotava todo o tesão que estava por vir. Em cima da moto, ele parecia se masturbar. Mesmo assim, meus sorrisos se reprimiam atrás de tijolos verdes. Musgo, epífitas e afins. Se minhas falésias pudessem dizer bom dia correria atrás de toda jurisprudência, o direito de estar só desgustando uma partida de futebol. (Não será uma vírgula que trará sentido a minha vida).
A semana começou mal, até aqui nenhuma novidade. Nada do que me propus fazer conclui. O caderno escondido dentro do chip obrigá-nos a ler códigos aleatórios. Posso desistir, a mestruação não vai descer. Você foi minha maior decepção, meu pior investimento. Frase que ecoa dentro de mim, me torturando dia e noite. Escondo-me debaixo do travesseiro e deixo a fantasia me dominar. O estupro seria consequência se houvessem causualidades. Fragmentos tornaram-se moda e eu não sei como reverter toda minha imperícia. Talvez devesse me dedicar a sinfonia dos pobres, seus sapatos e suas camisas... Observe, Dicla, o estacionamento do shopping, lotou de repente. Tarde da noite procurava emoções, poderia ter sido assaltado, poderia ter acontecido o programa. Tragédia pessoal. Sim! Sou chamado a atenção: você amaldiçoou seu colega. Posso não saber louvar, mas minhas réplicas contundentes estraçalham o chumbo de nuvens fracas. Havia uma tempestade formando-se sobre meus pés. Alguém dissera algo contra mim e a carranca daquele que diz me querer bem tentava me intimidar.
Olha só, ÍMPIO, respondi-lhe, não construa argumentos sobre axiomas falsos. Foi fácil colocá-lo no seu lugar. Atrás do monitor do laptop, estrumes ferviam. Raiva muita raiva por não saber contra argumentar, me contradizer. As palavras que saem da minha boca são interpretadas como convém aos reis da corte. O bobo aqui não sou eu. Tirei a máscara, desci do salto, amarrei a luva e golpei sem pudor. Vocabulário abrangente faz diferença nessas horas, algum adjetivos anacrônicos e puff... jazia morto um desafeto. Cheirava a carne podre esquecida em gavetas mal refrigeradas. Os vermes em orgias celebravam a vida. Tive piedade dos tomates, tão vermelhinhos, mas a força tomou conta as minhas pernas e pude almoçar em paz, refrescando-me com as palavras da doutora: Você está muito bem. E repetiu com ênfase, você está muito bem. A doutora fita-me os olhos com se soubesse que se não fizesse assim suas palavras perderiam valor. Agradeci, vibrei, concordei. E quando perguntado se estava tudo bem, não pude deixar de contar-lhe uma história que ela classificou como assédio moral. Deixei passar a oportunidade de conseguir uma licença de seis meses. Gostaria de nunca mais olhar na cara dos ímpios. Resistirei até a cãimbra cansar-se de contrair meus músculos. Vaidade é o meu pecado favorido, disse o diabo. Inveja se afasta com folhas de arruda no colarinho do chopp escuro que escorria do copo quando o garçom nos perguntou se desejávamos mais uma porção de quibe cru.
Sobrenomes impronunciáveis tentam elevar minha auto-estima. Viva, o MSN. Viva, o ultrapassado Orkut. Tenho dono, amor, como você deve ter sido informado nos posts anteriores. Coleira machuca, mais que afaga. O cachorrinho não sabe latir quando quer parar. Irrelevante. Agora sim estamos juntos e comungando do mesmo alfabeto. Laranja denotava todo o tesão que estava por vir. Em cima da moto, ele parecia se masturbar. Mesmo assim, meus sorrisos se reprimiam atrás de tijolos verdes. Musgo, epífitas e afins. Se minhas falésias pudessem dizer bom dia correria atrás de toda jurisprudência, o direito de estar só desgustando uma partida de futebol. (Não será uma vírgula que trará sentido a minha vida).
A semana começou mal, até aqui nenhuma novidade. Nada do que me propus fazer conclui. O caderno escondido dentro do chip obrigá-nos a ler códigos aleatórios. Posso desistir, a mestruação não vai descer. Você foi minha maior decepção, meu pior investimento. Frase que ecoa dentro de mim, me torturando dia e noite. Escondo-me debaixo do travesseiro e deixo a fantasia me dominar. O estupro seria consequência se houvessem causualidades. Fragmentos tornaram-se moda e eu não sei como reverter toda minha imperícia. Talvez devesse me dedicar a sinfonia dos pobres, seus sapatos e suas camisas... Observe, Dicla, o estacionamento do shopping, lotou de repente. Tarde da noite procurava emoções, poderia ter sido assaltado, poderia ter acontecido o programa. Tragédia pessoal. Sim! Sou chamado a atenção: você amaldiçoou seu colega. Posso não saber louvar, mas minhas réplicas contundentes estraçalham o chumbo de nuvens fracas. Havia uma tempestade formando-se sobre meus pés. Alguém dissera algo contra mim e a carranca daquele que diz me querer bem tentava me intimidar.
Olha só, ÍMPIO, respondi-lhe, não construa argumentos sobre axiomas falsos. Foi fácil colocá-lo no seu lugar. Atrás do monitor do laptop, estrumes ferviam. Raiva muita raiva por não saber contra argumentar, me contradizer. As palavras que saem da minha boca são interpretadas como convém aos reis da corte. O bobo aqui não sou eu. Tirei a máscara, desci do salto, amarrei a luva e golpei sem pudor. Vocabulário abrangente faz diferença nessas horas, algum adjetivos anacrônicos e puff... jazia morto um desafeto. Cheirava a carne podre esquecida em gavetas mal refrigeradas. Os vermes em orgias celebravam a vida. Tive piedade dos tomates, tão vermelhinhos, mas a força tomou conta as minhas pernas e pude almoçar em paz, refrescando-me com as palavras da doutora: Você está muito bem. E repetiu com ênfase, você está muito bem. A doutora fita-me os olhos com se soubesse que se não fizesse assim suas palavras perderiam valor. Agradeci, vibrei, concordei. E quando perguntado se estava tudo bem, não pude deixar de contar-lhe uma história que ela classificou como assédio moral. Deixei passar a oportunidade de conseguir uma licença de seis meses. Gostaria de nunca mais olhar na cara dos ímpios. Resistirei até a cãimbra cansar-se de contrair meus músculos. Vaidade é o meu pecado favorido, disse o diabo. Inveja se afasta com folhas de arruda no colarinho do chopp escuro que escorria do copo quando o garçom nos perguntou se desejávamos mais uma porção de quibe cru.
Nenhum comentário:
Postar um comentário