Minha flor, minha flor, minha flor. Minha prímula, meu pelargônio, meu gladíolo, meu botão-de-ouro. Minha peônia. Minha cinerária, minha calêndula, minha boca-de-leão. Minha gérbera. Minha clívia. Meu cimbídio.Flor, flor, flor. Floramarílis. Floranêmona. Florazálea. Clematite minha. Catléia, delfínio, estrelítzia. Minha hortensegerânea. Ah, meu nenúfar. Rododendro e crisântemo e junquilho meus. Meu ciclâmen. Macieira-minha-do-japão. Calceolária minha. Daliabegônia minha. Forsitiaíris, tuliparrosa minhas. Violeta... Amor-mais-que-perfeito. Minha urze. Meu cravo-pessoal-de-defunto (foto). Minha corola sem cor e nome no chão de minha morte.
In: Andrade, Carlos Drummond. Poesia Errante. Record. 1988. 1ª Ed.
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