9 de jan. de 2009

Desculpe-me, nobres leitores, usar um espaço tão íntimo e pessoal (e lúdico, oras!) para reproduzir algo dos outros, logo de quem, logo de quem, mas tudo serve de material para a composição do bookstore e vocês sabem bem como sou. (Tu sabes bem como tenho me comportado.) Mau. I'm a Bad Boy. Filhotinho de Loba. A propósito, esqueçam os Apples da vida, quero um Dell, só me serve um Dell, teclado delicioso, fácil, meus dedos deslisam numa velocidade nunca antes experimentada, direto no editor do blogger e assim minha vida tem um sentido diferente, ou volta a ter o Sentido. Gustave Flaubert me ensina a contar como tudo acontece, aconteceu, tem acontecido, acontecia, aconteceria e acontecerá. O que há de novo? NADA. Além dos ossos no lugar. A medula vai bem obrigado? Encontraram doadores? Para quem? Para que? Vamos aproveitar o restinho do ano para sermos felizes. Quando achávamos, sim nós achávamos que seria o pior de todos, foi o melhor e será enquanto as Delonix Regia mostrarem que Madagascar poderia ser bem ali. Abra a janela, não é Jorge Amado quem passa e acena. De novo? and again, and again, and again. Quantas vezes forem necessárias. Estou tão Capitão de Areia, eu que ontem fui Tieta. O Agreste e a cabra berrando, os enigmas da vida, tente, tente, tente outra vez. Desculpe-me leitora (escrevo diretamente para ti, senhorita Virgem) se não faço apologia a função referencial da linguagem. Mas aqui, há somente espaço para a expressão e sua colega de classe metalinguagem. Longe de mim querer influenciar alguém. Eu não presto, eu não presto, ou ainda, pior, julgar o canal ser mais importante que a mensagem. O grupo do qual fazíamos parte desintegrou-se numa ribanceira. Ribanceira? VOLP me ajuda, VOLP me ajuda. O poesia fica a cargo de quem se presta ao trabalho de limpar o tapete com alcool 70%, a cena do crime. Julgo ser, prerrogativa divina, mesmo assim, julgo ser leitor, alguém capaz demolir o que nos resta. Rasgar-nos em pedacinhos e jogar-nos na fogueira da Santa Inquisição. Que assim seja por todos os séculos e séculos amém.
E para finalizar não tão diferente como começou permita-me, Diário, outro CTRL+C CTRL+V, tão significativo quanto o primeiro. Essa música não pára de tocar (esse acento não existe mais, guri) no ipod:


Sob medida
Chico Buarque
1979
Para o filme República dos Assassinos de Miguel Faria Jr

Se você crê em Deus
Erga as mãos para os céus
E agradeça
Quando me cobiçou
Sem querer acertou
Na cabeça
Eu sou sua alma gêmea
Sou sua fêmea
Seu par, sua irmã
Eu sou seu incesto (seu jeito, seu gesto
)Sou perfeita porque
Igualzinha a você
Eu não
presto
Eu não
presto
Traiçoeira e vulgar
Sou sem nome e sem lar
Sou aquela
Eu sou filha da rua
Eu sou cria da sua
Costela
Sou bandida
Sou solta na vida
E sob medida
Pros carinhos seus
Meu amigo
Se ajeite comigo
E dê graças a Deus
Se você crê em Deus
Encaminhe pros céus
Uma prece
E agradeça ao Senhor
Você tem o amor
Que merece
1979 ©
Marola Edições
Musicais
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