A poesia declamada me escorria pelos pés. Os versos ainda ondulam na superfície do lago, posso tocá-los. Mas prefiro ser empalado pelos agentes da polícia federal no horário de almoço. Se não fosse por eles, eu ainda estaria passando fome. Me parece que estamos voltando ao cotidiano, atravessando o céu numa caça emprestado. Ei, piloto! O que é isso aqui na minha orelha? (Assim me parece mais fácil rascunhar.) Vamos tentar construir uma ponte na impossibilidade dos desfavorecidos. Foste à missa do arcebispo? Não, apenas escrevi um conto como se fosse ele um religioso russo. Ui! Deixa-me ler. Ih! Já limpei a lixeira. Fez bem. Não faça mais isso, me dissera o embaixador. Eu também queria lhe dizer: não faça mais isso, nem se fosse durante um sonho onde meu primo se relevasse um poeta de quizomba. Se houve um sentindo na vida, ele se escondeu de mim, talvez por isso não sou mais moderador. Pixies se espalharam por toda minha infância de leite-de-soja em pó. Não sinto saudade dos flatos que era obrigado a reter. Foi-se o incomodo, restou a microfonia. E a fúria, que não é uterina, mas sente-se capaz de criar. Agora chega, ultrapassei por demais a margem esquerda da folha de papel almaço.
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