Ligaram para você do Ministério da Cultura. Fudeu! Péi! Pow! Ela varria como se a vassoura tivesse culpa. Senta ao de lado sem cruzar as pernas, à procura do ângulo perfeito. Respirou fundo, naquela multidão não era ela mesma. Menininha escolhia a caixa de charuto para o namorado. Ele vale. Ela valia. Vou levar essa moço. Qual meu desconto, se eu pagar à vista? Presente. Ela recusou. Não se pode presentear com um presente que acabara de ganhar. O vendedor insistiu. Vou levar outra, então. Ele umedeceu os lábios que a lembrava a piaçava escondida atrás da porta da área de serviço. Vamos aproveitar para malhar o quadril, esfregar na cara dele toda sua vergonha e se despedir sem deixar o número do telefone. Da próxima vez, trago o Dagorbeto, só para mostrá-lo, para provar, que agora sou uma mocinha crente nas instituições falidas. Olha, amor, foi aqui que comprei teu presente. Senhor Douglas de educação espanhola se engasgou no ritmo do passo doble, nas cordas da castanholas. Amanhã, ele estará repoussando sobre a terra quente do descampado, o sangue talhado, os dedos furados. Conversaram como se fossem amigos de infância, separados à força pela enxurrada. Dagoberto mudou. Ela foi torturada, antes de morta. Assuntos profissionais que se recusara a compartilhar comigo. Pediu licença aos rapazes. Foi ao banheiro tirar um cílio que a incomodava.
Putz.. Puuuuuuuuuuuuuuuutz!
ResponderExcluirMim com saudade de vir aqui.. rs
Beijo, querido. Voltei do exilio ;)