25 de out. de 2007

Tenho por hábito escrever posts e não concluí-los. Me canso do texto. Começo a refletir demais. Não sei o que fazer de e com eles. A palavras se embralharam (elas ainda escapam de mim, tucunarés) nos pensamentos que por si só já me são confusos. Erros se acumulam, não os enxergo mais. Então, salvo-os, os posts, como rascunhos (bem diferente de se colocar um texto para decantar -- por anos, pequena, às vezes, por anos) e dificilmente os resgato de lá. Almas alocadas, de acordo com temática, em cada um dos círculos concêntricos (terraços?) do inferno proposto por Dante. A citação que segue abaixo, por exemplo, ilustra o fato. Citação originalmente copiado daqui em 15/02/06. Dica do meu amigo Beto Lins.

O processo é trabalhoso, mas simples: cumprir as tarefas tradicionais do estudo acadêmico, dominar o trivium , aprender a escrever lendo e imitando os clássicos de três idiomas pelo menos, estudar muito Aristóteles, muito Platão, muito Tomás de Aquino, muito Leibniz, Schelling e Husserl, absorver o quanto possível o legado da universidade alemã e austríaca da primeira metade do século XX, conhecer muito bem a história comparada de duas ou três civilizações, absorver os clássicos da teologia e da mística de pelo menos três religiões, e então, só então, ler Marx, Nietzsche, Foucault. Se depois desse regime você ainda se impressionar com esses três, é porque é burro mesmo e eu nada posso fazer por você.


O Senhor Olavo de Carvalho oferece uma bibliografia básica para seus alunos que clamam por um orientação. Ganha-se tempo, mas ainda assim, ainda assim, prefiro descobrir tudo por mim mesmo. Se não sou capaz de selecionar uma bibliografia, de que serei capaz, então? De seguir a manada. Pegue sua mochila e vamos embora, diria o diário, se não estivesse de ball gag desde cedo. Você, fala demais, mulher. Ele puto resmungava.

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