Uma mensagem de final de ano para todos meus amigos; os de infância; os do colegial; os da faculdade; os do círculo literário; blogueiros e não-blogueiros; os virtuais que só conheço a voz e aqueles que deixaram de ser apenas uma voz; os recém aceitos na minha lista de contatos; os que me conheceram através da loja; os que continuam me chamando de professor; os que me fazem chorar, os que me fazem chorar de rir, os do gabinete, os do paintball, os do coro sinfônico; os do grupamento; os que me acalmam quando estou preste a mandar tudo pelos ares; os que são minha primeira opção (e única! rs) quando me encontro em apuros; incluindo minha terapeuta, que não é minha amiga, mas nem por isso deixo de amá-la igualzinho; os que inevitavelmente me lembrarei quando essa mensagem for enviada. (Desculpa, Tobias! Se eu não pagasse esse mico, não teria sentido.) A todos meus queridos amigos, boas festas!
Queria ser Santa Claus, por uma só noite. Ave nenhuma seria abatida. Nem leitoa. Amigos não seriam mais ocultos. As filas nos Correios seriam extintas (nos supermercados também). Aquele parente zombador não nos provocaria mais com suas piadinhas infames. Aliás, não aceitaríamos provocações. Seríamos todos dotados de paciência de teflon. Descansaria a cabeça no colo daquele(a) que amamos e não teríamos pressa em se levantar para se servir do farto e sortido buffet. Notas de mil dólares brotariam dos nossos bolsos. Na casa de câmbio teria sempre alguém de confiança para nos atender. Inimigos seculares pediriam perdão uns aos outros e juntos abririam uma nova padaria no bairro. Aquele inesquecível amor de toda vida nos telefonaria (bêbado!) fazendo confissões despudoradas. (Agora é tarde, meu bem, você demorou demais para compreender a diferença entre o que você queria e o que eu precisava.) Reservaria com antecedência um local confortável com visão panorâmica para assistir a queima de fogos na baía de Guanabara, ou na de Sydney, ou em Zurique, ou na Times Squares ou em Taiwan, o lugar não importa e sim quem estaria ao meu lado. O Blackberry silenciosamente se contentaria em ser coadjuvante dessa noite de Santa Claus. Nada de chuva, tampouco neve. O sereno da noite transformando-se em orvalho. Floridas begônias vermelhas a dançarem no jardim ao compasso da sinfonia do vento, composta especialmente para essa ocasião. Seria uma noite de gala. Luvinhas brancas. Abotoaduras de safiras. As damas, de longo. Os cavalheiros, de windsor. A Alegria combinando com a Felicidade a dose de euforia necessária para que a Beleza e o Contentamento promovessem os encontros adiados. O Renascimento e o Despertar aguardando o espocar da champagne. Seria a celebração do encerramento do longo e cansativo ciclo. A Glória observando do seu cantinho o momento exato de entrar em cena. Agradabilíssima sensação de ter contribuído da melhor forma possível para que a noite fosse ao menos feliz. Para todos nós.
20 de dez. de 2006
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