1 de out. de 2004

Várias linguagens drenadas compondo um nó de escadas abertas. Onde vai ter lá? Dominó, dama, xadre, amarelinha. Vamos jogar amarelinha? Jogo que se joga sozinho, no qual os vencedores cruzam os dedos antes de se despedir. E se houver sonegação de beijos, a seca cercará implacavelmente nossos corações, digo nosso porque o meu já se perdeu na outra era de cotas. Mas deixemos de nhém-nhém-nhém. Conte-me o ocorrido, me diz:
-O rapaz de músculos forjados chorou diante dos seus lábios, antes de lhe dizer que precisava muito te amar?
-Não, ele não desprendeu nenhuma lágrima.
-O moço era todo paixão desprendida?
- Ah! Se era. Ele cabia todinho numa bolha de pétalas vermelhas arredondadas. O Fornazze configurou claramente meu hipertexto perfurado, mostrando-me o quanto estou suspenso por seus braços cuidadosamente desenhados por Apolo. Eu não faço por onde. Não mereço vê-lo sucando laranjas às duas horas da manhã, só porque não posso beber leite.

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