10 de abr. de 2008

Comprar ou não comprar? Vou pulando de compulsão em compulsão a procura de algo que acalme meu espírito. O sexo era bom, mas estava me destruindo. O shopping findo o expediente é legal, mas a matilha me vigia. Os cãos ladram mais alto do que se troveja no céu liso da capital. E o meu passaporte onde haveria a foto raspado. Vamos desocupar aquele guarda-roupa e trancar o quarto. Quem sabe assim poderei elocubrar em paz.

9 de abr. de 2008

Bom dia a todos! Estou de volta. Cansei de dedicar o miléssimo do meu tempo a seleções oficiais. Desisto de me transformar num acomodado servidor público. Drummond que me desculpe, essa vida de gabinete não quero para mim. Não sei de onde tirarei coragem para pedir benção a Guimarães Rosa. Trai meus estudos de línguas. Meu grego e meu latim. Trai todos e a mim mesmo. E se passo fome (e ninguém tem nada a ver com isso, viu Dona Roberta) é porque não sinto mais vontade de comer... Enquanto escrevo-lhes esse texto, no qual celebro minha volta, estou escutando através da Rádio UOL, o álbum do Lenine "In Cité". Entre todas, minha preferida é a música: "Ninguém faz idéia". Inclusive num janeiro qualquer de um ano gordo qualquer, havia eu feito referencia e refletido sobre essa afirmação, mas cadê?, não a encontro. Revisar meu diário-blog-Dicla urge. Voltar a escrever sofregadamente urge. Se há um sentido na vida, somente na expressão eu o encontro. À noite a gente se fala, turma. Avisá-los que a porta está aberta novamente. As janelas vêem o sol. A chuva entra. Molha meus rascunhos imprimidos às pressas. Borrados têm mais valor do que antes. Atiro-os a lixeira, na esperança que se reproduzam. Não valiam mesmo à pena.