4 de dez. de 2004

Finalmente resolvi utilizar o w.bloggar para te atualizar. Quando os pernilongos vierem nos sugar nosso sangue perdido, corro para a janela virtual. Nada nem ninguém vai impedir nossa ginástica greco-latina. Graças a ela, vivo sem a medicação. Não quero um ninho de cupim caminhando pelas minhas veias. Está mais difícil sobreviver-viver-escrever do que eu imaginava, nem sempre consigo me conectar a Fada Metáfora, que agora só através dem sonhos vem me aconselhar. O pernilongo me acorda às três da manhã para ler o que eu estou escrevendo. "É uma honra! Quem me dera tê-lo como leitor." E pensar que ainda tem a ceia de natal. Porque a mágica não mais funciona? No meu casulo, preso, eu era muito mais feliz. Por isso eu te digo, Marcinho, sempre, escolha a opção mais difícil, o mais improvável de impossível, complexa, complicada. Facilidades escondem armadilhas que dificilmente conseguiras se livrar. Não tenho a mínima estrutura emocional para ceiar ao lado daquele traficante de corações. Eles (o traficante e seus músicos) forjaram uma situação na qual me vejo obrigado a pintar uma tela monocromática. Pior do que está, impossível. Qualquer mudança será sinal de melhora, mesmo se for o inevitável encontro com a minha mãezinha querida. Ah! Gente me desculpa o tom pessimista, é que eu sou um mercenário. Se eu tivesse com um conto de réis na algibeira, um mísero puto no bolso, estaria extremamente feliz, tirando onda de bacana. Ainda tenho opções. Prostituir-me sempre se apresenta como saída, pena que o celular do delegado não esteja atendendo (talvez, ele nunca mais volte a falar comigo). Aí, então eu poderia comprovar se Paris é mesmo uma festa .

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