7 de jun. de 2006

Sábado de lua cheia. Patrícia procurava uma farmácia de plantão onde garantia seus 15 minutos de felicidade. Esse é muito baixo. Aquele nem segurar o cigarro sabe. Preparada ela estava para ato; não para ser rejeitada pelo sujeito que a julgou vulgar. Ofendido, ele se foi. Saiu arranhando machas. Ela errara de alvo. Vulnerabilidades recém adquiridas afloravam conselhos torpes. Nada a convenceria recuar. Senão, o cheiro forte do suor que escorria do pescoço do motoboy que a observava. Movimentos circulares dentro do estabelecimento. Você chamaria um táxi para mim, por favor. Claro, senhorita. Precisava de um cúmplice. De uma opinião idônea. Espancaria todo dia, toda noite, o saco travestido de noivo. O alívio não viria.

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