Bom dia, Dicla!
A visita à casa da tia Iluminada, resumo numa palavra: exaustão. Contar como ocorreu todo minha infância, adolescência e início da fase adulta tem sido minha paixão. Quem sabe, eu deva mesmo escrever um romance para cada fase, uma trilogia da trilogia. Assim, ninguém mais me perguntaria nada, ou não? Foi verdade mesmo ou você está inventando? Foi de boas, qual a criança que nunca sofreu violência sexual, violência doméstica e bullying. Eita, ferida que não cicatriza. Nem sente mais vontade de brincar de barquinho. Continuemos a navegação, na nossas veias (e artérias) correm sangue português. Pegue o machado e vamos atrás de quem te fez isso. Vamos plantar um canteiro de jacintos para celebrar a estupidez humana. Chega de lamentações, isso aqui não é o muro. Enxuga essas lágrimas e pare de se coçar. O importante é que tu conheces os meandros do teu rio como poucos. Tua sensibilidade é teu álibi, mas não abusa, uma hora terás que ser juiz, a batida terá que ser firme e forte. Quando tu não estiveres aqui, eu estarei, eternamente branco. Tu, eternamente preto.
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