28 de jul. de 2005

Estou enviando o sinal. Desespero batendo na porta. Números de celulares trocados. Nunca fomos amantes. Ah! Se fosse pedido quebra de sigilo telefônico (Para quê?). Nossos gemidos a vagar no eco da incompreenssão. Minha, sim. Totalmente minha. Sexo avulso eu teria ao mover o pensamento; debaixo de qualquer mesa de jacarandá. Teria que ser algo mais do que um cheque em braco que a qualquer momento pode ser assustado. Por onde você esteve, ontem? Precisava ... Precisava?! Impostei minha voz no veludo do meu canto e disse-lhe três mentiras entre salivas e estralos: senti muito tua falta, eu te quero muito, eu te amo. Você não ama ninguém além de si mesmo. Baixa as calças. Esse joginho cafajeste mina os santos que me guardam. Estamos protegidos. Graças a Nossa Senhora da Glória. Quando argumentos racionais são brutalmente rechaçados apelamos para o emocional. Chorar é fácil, quero ver alguém me fazer rir. E o nosso presidente? Estou disposto a comer farinha ao teu lado. Nem ao menos somos amigos e eu mentia doentiamente. Mitomania, meu bem. Quem sabe um dia...Despedi-me com um beijo, sem antes pedir que não me ligasse no escritório, nem em casa, tampouco no celular. Meu sangue não é azul, entende? Ademais, tenho muito orgulho de ser filho de pais analfabetos. Já que não sei quando te verei novamente. Eu me engasgando com o vinho forte a me escorrer pelo corpo. Preciso voltar pra o escritório. Trabalha para mim. Secretário-Executivo, sem ironia. Missões diplomáticas... Passei a não pelo ombro dele, como se tivesse tirando um pêlo. Quem lava tua farda? (Risos) Mando para lavanderia. (Por isso, tão branca). E quando não tivermos dinheiro, quem vai lavar minhas cuecas?

2 comentários:

  1. EDi, será que a gente pode conversar um dia?

    ResponderExcluir
  2. Sem dúvida, desde que você tenha paciência para trocar e-mails. Estou com o meu tempo absurdamente racionado

    ResponderExcluir