23 de jul. de 2007

Lá em baixo, encontra-se ainda aqueles amores equivocados que deixei guardado na gaveta do criado-mudo. Você e sua truculência... Eu estava brincando. O mal humor fermentado esquivava-se de jogos sutis e indecorosos. Dedo não vale. Lamber é covardia. Lágrimas só para o sorriso. O lúdico afastava-se da cama, arrastando-se no piso emborrachado do lavabo. Ele sorria apreensivo. Eu gritaria a dor, se não fosse acordar nosso gato de estimação. Cavalgadas. Cavalgadas. Trote. A gente podia tomar café da manhã juntos. Tarde demais. Dois erros, eu desculpo. Três, não. Liguei a TV e fingi interesse na reportagem exibida. Um outro avião caiu, antes que dissesse onde, mudei de canal. Tragédia já me basta a nossa. Judocas lutando por uma medalhe de ouro. Deixa ai. Tarde demais. Joguei o controle próximo da jaula da fera e levantei-me ainda meio tonto. Fique com o controle, o cedro do poder que você acredita ter. A porta me convidava a tomar um ar fresco. Sua fumaça me entorpece. Seu perfume me cega. Aonde você vai? Sem você, a lugar nenhum. Me leva para onde a vertigem revoga as preces. Suas idéias me fustigam. Sorri com metade da boca. Ainda estava dolorida. Havia uma varíavel de sofrimento inexplicável até o momento.

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