9 de jan. de 2009

Comentário em resposta a minha amiga Fernanda Passos

 Essas crises pelas quais passam os poetas se alivia não só com analgésicos ou antidepressivos, mas também com trabalho. Pegue a caneta, o papel e anota aí o que eu tenho para lhe dizer: Se fosse esperar pela musa inspiradora, teria morrido numa maca do HRAN, com os parentes ao meu lado chorando de remosso e me crucificando. 


Assim que tive forças, coloquei uma aliança no dedo anelar da mão direita e pensei: estou me comprometendo  com a literatura do meu país. Tenho um livro para escrever. Um livro, não, uma obra para escrever.  


Vamos à luta, amiga Fernanda, à procura de nós mesmo. Vamos buscar fundamento nos ensaios de mestre Autran Dourado: pela nossa literatura brasileira ainda tem muito o que ser feito. Não é como aquela lá, a espanhola, ou aquela outra, a francesa, ou tantas outras trabalhadas até a exaustão. Literaturas prontas, dadas como mortas. 


A bola está em jogo e cabe a nós jogar essa partida como se fosse a final do campeonato mundial de interclubes. Vencer ou perder é uma questão de ponto de vista. 



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