29 de set. de 2004

Fui embora frio entre bolhas de sabão hexagonais. A brisa secava meu nariz verde, com gentileza que nem mais se recusa. As paredes de papel precisando das continuidades prensadas nas lombadas rosáceas, fenômeno presenciado pelo menino de olhos castanhos claros. Técnicas assimiladas parcialmente. A porta da oficina cerrada, decisão tomada por olhos conscientes da tempestade de folhas nervosas descobridoras de corações fósseis. Ritual planejado após metódico estudo de todas as entradas e saídas. Depois eu explico. Vamos bater bola no campinho do quarto dos fundos. Quase todas lá presentes. Sejamos humildes, de nada adianta espalhar bolas de gudes pelo jardim. É a repetição, da repetição, da repetição, até contar dez. Até o Jota compreender as confissões emporcalhadas por mim mesma durante à tarde de sol enviesado. Era melhor não dizer, não contar, não participar. Aos modificar o código de ética perdi meus contados, meus amigos, minhas referências. Suspiro fundo, sabor maracujá.

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