28 de set. de 2004

Havia lhes prometido pendurar os patinhos estragulhados na rebaixada janela filmada. As línguas me atrapalharam. É o russo em guerra melada com o francesa. Depois daquilo, aquilo lá foi brincadeira. Traduzir as canelas vermelhas deixará a Branca de Neve confusa. Mas ela sabe que cada um é cada um e cada dois pode ser três, quatro ou ainda cinco. Chega, estas derretendo minha paciência. Calma, Dy, é brincadeira para mostrar aos proxenetas que nada é subtraído sem culpa. Os portais bancários invadidos e eu rodoviário de pé maior sentado no meio fio partido enquanto espero um programa passar levantando névoa seca.
Voltemos à língua almiscarada, perfuradora de cordas vocais. Língua perfumada percorrendo a espinha dorsal da égua que eu nem mais podia ser. Ah! Se ela me deixar em casa ganha pontos extras. "Recuperei de vez minha auto-estima" (obrigado, Simone) Foi apenas cortante passarada. Mãos moldando o tijolo dos meus ombros. Mãozinhas coladas na libido do dual ser tipo o positivo. Conservamos sobre tudo, menos sobre o papel de bala jogada na Copacabana perdida. Havia eu mudado de país. Estava eu a corrigir a sintaxe da fonte. É cada encontro bizarro. Nem há como se proteger atrás de sobrenomes alemães. É judeu! Jura!? Definitivamente a língua não pronunciava símbolos hebraicos laicos. Língua morena de tatuagem no bíceps. Que significa esse ideograma? -- disse-lhe. Amor, amor, foi a resposta sussurrada no coração. Respirei fundo e comecei a entrelaçar as mãos em cabelos raspados a fundo. Observava a água pingando dos patinhos pendurados no varal...
-- Posso te perdir um favor?
-- Claro.
-- Quer esquentar um lasanha para nós?
-- Bolonhesa ou aos quatro queijos?

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