1 de out. de 2005

Paradoxo xoxo: Duelo (réplica)

Posso ser quem eu quiser, virtualmente. Meus bíceps exalam polens de girassóis. Aquela tatuagem riscada no dia que provei do veneno sustenido Lá Bemol. Tranqülizantes às três horas na Praça dos Três Poderes, meu coração acelerado preste a me matar. Meu outro coração me chamando de fraco. Duas putas de rodoviária se oferecendo a 1 real. Para me acalmar ,o Bruno começou a cantar Ave Maria de Gounod. Baixo desafinado sacudindo com os trimbres minha carne sapecada. Minhas mucosas cheirando à polvora, dos seus dedos sujos de tantos pecados. Eu pedia mais, mais perto, mais forte, mais fundo. Até que desmaiei.

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