2 de dez. de 2005

E saíram à caça


Caça de Combate, originally uploaded by joabe_brill.

Quando vi o Ten. Coronel atravessando a rua, em direção à loja, minimizei a caixa de entrada do outlook e sai imediatamente do campo de visão dele. Contive o sorriso. Pensei em beber água. Não dava mais tempo. Ele já havia entrado na loja. Esperar ele não podia. Estendera-me a mão, sem esperar minha defesa. A sauna, na cabine. A boate, na dark room. O estacionamento, no motel. Disfarçar que não o conhecia era fácil, difícil foi fingir que havia sido apenas sexo avulso de tão casual. Vamos fazer tudo de nova, mas dessa vez diferente? Anotei seu pedido sem compreender claramente o que ele dizia. A letra antes legível, rabisco. Mostrei-lhe as anotações para que ele conferisse a encomenda. Falhas seriam punidas com cadeia. Diante do meu nevorsismo, ele se confundiu. Jantar formal? Não sei. Acho que sim. Com certeza. Perguntado sobre as cores e as flores: Confio no seu bom gosto. Comecei a explicar-lhe como seriam os arranjos: Está ótimo! Perfeito! Ele poderia ter-me dito: calma. Não tenho pressa. Mas preferiu reclamar da dor de cabeça: estou sem almoçar até agora. (Já se passava das quatro horas.) Ele ainda se lembra de julho. Gostaria que tivesse esquecido.

3 comentários:

  1. Anônimo5:00 PM

    Vc mandando bem como sempre, né? essa sua historia me parece um filme...

    ***
    Mas olha, eu adoraria ter escrito aquele poema q eu publiquei. Se hj fosse escrever algo, seria aquilo. É impressionante!

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  2. Anônimo8:55 AM

    bem, pelo que vi, pretendo voltar por aqui.

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  3. Há tempos não vinha aqui conferir tua escrita ácida!

    abraços

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