1º Ato
-Alô! Boa noite. Sr. Gustavo, por favor?
-É ele...
-Oi, meu amor, sou eu, Patrícia. Como você está?
-Cansado, princesa, muito cansado... (Desanimado)
-Eeeh, você...
-Aah! Que nº você está?
-243 89 01 (Não sei como ele ainda não decorou esse nº? Como se ele não soubesse que eu sei que ele me rastreia...)
Triiiiiiim...(Breves minutos.)
-Oi, amor! Me diz como você está?
-Amor... tomei coragem....
-Como é que é?
-E isso mesmo...
-Peraí que eu vou pegar uma cadeira. (Empolgadíssimo)
Alguns longos minutos depois....
-Amor?
-Oi?
-Continua.
-Eu estava teclando com um cara, o nick era OSkAFAJESTES , achei diferente e dei corda... (Ofegante)
-E?
-Me enviou umas fotos e o celular dele. (Ofegante)
-Ai, amor, não sei como te conto isso.
Estou sentindo vontade de chorar...
-Estou percebendo, gatinha, relaxa...
-Estou me sentindo culpada... ( Mais ofegante ainda)
-Mas foi bom?
-Na hora sim, foi maravilhoso. Eu fiquei bem puta.
-Rolou dois ao mesmo tempo?
-Claro! Fizemos inclusive várias algemas chinesas.
-Ahaa... Continua
-Liguei para eles e combinamos.
Fui até o apartamento deles... era umas três horas da tarde... tinha mais dois... me receberam com muita educação...estavam muito diferentes... era como se fossemos conhecidos...estavam jogando truco... e nem tocaram no assunto...me ofereçeram cerveja, suco, bolo. Eu estava muito nervosa. Como estou agora... (Ofegante) - Fica tranqüila, meu amor.
-Está difícil... Pedi para ir ao banheiro. Depois ficamos conversando... Sobre várias coisas...
-Quatro estavam jogando, naturalmente, como se minha presença ali, fosse super normal.
Enquanto eu conversava com um garoto, super gatinho... Mas toda mundo estava participando. Não era nada reservado, nada íntimo... Era como se a gente não houvesse tido aquela conversa pelo chat.
-Depois de muito tempo e alguns silêncios, olhei no relógio.
-Tá querendo ir embora?
-Tá tarde, minha mãe nem imagina onde estou.
-Eu te acompanho.
-Então, amor, quando fui me despedir dos rapazes, dando três beijinhos. Foi quando um deles me pediu um beijo, na boca. Sem graça o menino, mas beijei assim mesmo, sem hesitar, com vontade. Os meninos começaram a gritar, acho que de alegria, sei lá. Um que estava mais afastado tirou a camisa e comecei a ri e a me despir. Um outro sai correndo lá para dentro do apartamento. Voltou com alguns preservativos. Quando eu percebi já estava todo mundo pelado se masturbando.
-Será que vai dá? (risos...)
-Eu tenho mais na bolsa.
-Aí, amor o resto você sabe...
-Não sei de nada, eu não estava lá...
-Amor, deixa de ser chato. Fizemos de dois em dois. Ah! Depois chegaram mais dois. Acho que ligaram para eles, chamando-os.
-E como você está se sentindo.
-Ah, amor, ruim foi depois... estou me sentindo muito culpada. Comecei a chorar quando entrei no carro.
-É...( aquele silêncio pensativo)
-Eles me trataram super bem... Ai, Meu Deus, como te falo isso... estou com vergonha...
-Continua.
-(...)
-Fala mais alto...
-Eu estava fazendo uma felação num deles e um outro se aproximou duro, bem perto do minha boca, o que eu estava recebendo disse: "Ela gosta com camisinha."
-E agora como você está...
-Fisicamente bem, não aconteceu nada forçado... era tudo como eu pedia.... faz assim, faz assado. Mas estou me sentindo mal.
-Não tem por que se sentir culpada, você realizou uma fantasia sua. Você foi muito corajosa.
-Senti muito medo, há muito tempo eu queria fazer isso.
-Mas você tem consciência de que foi usada.
-Mas eles fizeram o que eu queria, do jeito que eu pedia.
-Ãham...
-Será o que eles vão pensar...
-Isso não tem como você controlar.
-O importante é o que você está sentindo.
-Tenho medo de querer de novo, tenho medo de ficar sem vergonha. Tenho medo de só querer assim. Foi muito bom. Foi muito diferente.
-Você já pensou no homem?
-Como assim?
-Você e outra mulher.
-Depende. Nós dois nele?! Sem problema.
-Não, não! É ela te chupando, você chupando ela.
-Ah! amor, isso não. Acho muito perigoso...
-Você tem que ver que o cara pode ter algumas idéias...
-Então eu vou negociar. Mas depende do que ele vai querer. Sabe amor, eu quero alguém criativo, bem maluco que as idéias dele coincida com as minhas, sem eu ter que dizer nada. Quero ser surpreendida.
-Princesa, preciso voltar ao trabalho. Tenho que ouvir algumas fitas. -Aaaaaaaaaaaah, já?
-Tem que ser amor. Me escreva, ok!
-Então um beijo
-Outro bem gostoso -.
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2º Ato
-Paty, que cara inbecil! Descarta ele!
-Marciiiiiinho, por favor!
-Tenho paciência não, Paty. Esquece ele... E ele acreditou na sua história?
-Acho que sim... -Ele ficou se masturbando? -Acho que não, eu contei para ele quase chorando.
-Por quê?
-Não sei na hora que eu começei a contar, fiquei com medo dele desconfiar e comecei a respirar com dificuldade.
-O que deu credibilidade...
-Isso eu nunca vou saber.
-Díficil, viu...Por ele ser federal, acostumado com interrogatórios...
O que ele é mesmo?
-Escrivão.
-Então... Ele te deu corda.
-Mas por que você contou isso para ele?
-Sinceramente, Marcinho, não sei. Na hora, saiu. Sem eu nem mesmo planejar.
07/02/2003
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