23 de out. de 2007

Em homenagem a Orhan Pamuk

Lá fora chove, aqui dentro... neve se acumulando sobre o recamier, sobre o aparador da sala de jantar, sob meus pés. Se faz frio? Com o frio a gente se acostuma. Não me acostumo com o desejo implorado de não se querer ser mais do que já não se pode por absoluta falta de espaço. Solidão é um passageiro que pedia carona na altura da 108 sul (para quem não conhece a capital, é a rua da Igrejinha) e agora, bem instalado, a qualquer momento vai descer. E vai levar e vai trazer. Talvez esquecer. O livro (o romance) serviu como quebra-gelo (só agora percebo a ironia me presenteada pela Vida). Falamos sobre a diversidade dos modos e costumes. Uma amiga minha, fulana de tal, foi mais bem acolhida em Istambul do que em Paris... Sobre os fonemas, as diferenças socio-lingüísticas, sobre o injusto sistema de crédito da universidade. Ensinei-lhe alguns macetes. Dei-lhe algumas dicas. Não pega disciplina com professor fulano de tal. Carnificina geral. Trocamos telefones, e-mails. Confidências. Paixões. E aprendi (descobri) que oil wrestling(com licença o leitor-tradutor e a leitora-tradutora se eu errar na tradução, fica assim mesmo. Depois vocês me corrigem), luta-romana, seria principal esporte nacional da Turquia. E Solidão, ex-vencedor na modalidade. E depois diz que não tem nada a nos ensinar.

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