A real politik ferve enquanto os gansos voam baixo.
Manteiga escorrendo pela chapa.
O melindre dissonante supurado.
Alarmes disparados, vizinhança aflita.
Aço distorcido, contorcido.
destroços de plásticos, corrente arrebentada
e um novo elo.
Graxa nas mãos e na cabeça um obsessão.
Aniversário de colisão cinza-prata
No site da delegacia, registro meu desejo:
cruzar na rua com aquele gato preto,
do azar se fez sorte,
e a demora em clarear o dia.
Não largara a latinha de skol,
dos males, o menor.
Alguém poderia ter se machucado,
se é que não se machucou.
Os corações se abraçam ao poste de energia elétrica.
Da próxima vez, aceito o convite para fazer amor no alto da torre telefônica.
30 de jun. de 2012
29 de jun. de 2012
De repente, improvisa
Freestyle - Um estilo de vida (a style of life) COMPLETO (Part.1)
Há quanto tempo venho escrevendo de improviso, sem saber que a alma se desprende da mente quando a sentimento é verdadeiro.
"Como estou feliz! Nosso memorialista está de volta."
Num momento, cocaína (a escrita,
o rascunho),
depois heroína (reescrita,
revisão),
mas nunca crack (o feedback do crítico,
do leitor,
seus aplausos e recriminações).
Retroalimento minha expressão com as lições...
Clarisse Lispector,
Fernando Pessoa,
Ariano Suassuna.
"Citar os mestres é foda."
A Odisséia em algum momento teve que ser escrita.
A filosofia de Sócrates em algum momento teve que ser escrita.
As parábolas de Cristo em algum momento tiveram que ser escritas.
Portanto, vagabundo, senta bunda na cadeira e escreva, até a artrite deformar seus dedos.
Não fará diferença nenhuma o ato por si só,
a não ser para mim mesmo.
E basta.
A solidão não é o diabo que se pintam.
Escrever é consequência.
Reescrever, reflexão.
Revisar, questão de tempo.
E o VOLP continua sendo um grande amigo.
28 de jun. de 2012
Velório às cegas
A mula trazia um machado no coração e um escapulário no bolso da fina camisa azul desbotada cuja a falta dos quatro primeiros botões era notada. Ele sentou-se à mesa mais próxima da porta e pediu um pingado.
Cíntia chamou a garçonete Soraia para atendê-lo. "Oh, Jesus! Só o Senhor na causa."-- resmungou, a gerente, ao observar o entusiasmo da funcionária. "Então, é causa ganha." --, retrucou a yonsei, que rebolava na cadência do pêndulo do relógio de parede.
Um risco dourado de luz, um fiasco de sol, num dia nublado, tremeluzia, demarcando o território de Mulato. O curió cantava, prevendo a discussão entre os amantes.
Horas depois, o perito C. Carvalho, se encarregaria de contar aos colegas: "Perdemos dois informantes, num só dia." "Veja por outro lado. -- contra-argumentou, o delegado Fornazze que vinha fazendo uso do seu direito de permanecer calado diante da tropa. O diabo está recebendo mais dois virtuosos na sua blues band."
Todos riram. Inclusive, eu, imaginado atento quem seria aqueles "mais dois". Permaneci de cabeça baixa, fingindo rascunhar uma anotação. Não iria constrangê-lo diante seus subalternos com uma pergunta idiota de tão ridícula.
Naquele mesmo dia, à noite, na intimidade de um banho com improvisos, haveria de saber que o Naz ao manobrar a caminhonete dentro da garagem, com aquela delicadeza de orgulhar búfalos e rinocerontes, esmagou acidentalmente a gaiola com o nosso casal de hamsters, dormindo dentro.
Tratava-os como fossem meus filhos. A fantasia que a Justiça nos nega. E filhos não se compra numa loja especializada no dia seguinte.
Não aqueles que haviam nascidos cegos.
Cíntia chamou a garçonete Soraia para atendê-lo. "Oh, Jesus! Só o Senhor na causa."-- resmungou, a gerente, ao observar o entusiasmo da funcionária. "Então, é causa ganha." --, retrucou a yonsei, que rebolava na cadência do pêndulo do relógio de parede.
Um risco dourado de luz, um fiasco de sol, num dia nublado, tremeluzia, demarcando o território de Mulato. O curió cantava, prevendo a discussão entre os amantes.
Horas depois, o perito C. Carvalho, se encarregaria de contar aos colegas: "Perdemos dois informantes, num só dia." "Veja por outro lado. -- contra-argumentou, o delegado Fornazze que vinha fazendo uso do seu direito de permanecer calado diante da tropa. O diabo está recebendo mais dois virtuosos na sua blues band."
Todos riram. Inclusive, eu, imaginado atento quem seria aqueles "mais dois". Permaneci de cabeça baixa, fingindo rascunhar uma anotação. Não iria constrangê-lo diante seus subalternos com uma pergunta idiota de tão ridícula.
Naquele mesmo dia, à noite, na intimidade de um banho com improvisos, haveria de saber que o Naz ao manobrar a caminhonete dentro da garagem, com aquela delicadeza de orgulhar búfalos e rinocerontes, esmagou acidentalmente a gaiola com o nosso casal de hamsters, dormindo dentro.
Tratava-os como fossem meus filhos. A fantasia que a Justiça nos nega. E filhos não se compra numa loja especializada no dia seguinte.
Não aqueles que haviam nascidos cegos.
20 de jun. de 2012
MEU PONTO DE VISTA
De:(...)
Enviada em: quinta-feira, 6 de fevereiro de 2003 10:32
Para:(...)
Assunto: RES: Por que você faz parte da minha vida
Marcinho,
Achei lindo a mensagem que me mandou, gosto de receber esse tipo de e-mail também e reconheço que realmente expresse o que estar sentindo. Entretanto ontem quando eu estava já saindo abri o e-mail só para ver se eu tinha recebido algum, quando olhei aqueles vários e-mail seus com títulos bem sugestivos quase morri pelo o quanto gostaria de lê-os, porém tinha que ir embora por causa da minha condução. Chegando aqui fui logo abrindo-os.
Não gostei, de você, não quero receber e-mail (não relacionados aos estudos) prontos. Gostaria que você me escrevesse mesmo literalmente. Sei que também não escrevo, e talvez você mandou por mandar, mas estar vendo o grau de importância que dou as coisas relacionadas a você. Não quero que fique triste com isto, só quero um pouco mais de você para mim. É tão engraça como a minha felicidade estar próxima, à proximamente 10Km apenas! ! ! (Esplanada ao Lago).
_________________________________________________
Tatah,
Imagine Stephen Daldry tentando captar nossos sentimentos, enquanto dançamos ao som de:
No Rain
(Blind Mellon)
All I can say
Is that my life is pretty plain
I like watching the puddles gather rain
And all I can do
Is just pour some tea for two
And speak my point of view
But it's not sane
It's not sane
Chorus:
I just want someone to say to me, oh
"I'll always be there when you wake"
You know I'd like to keep
My cheeks dry today
So stay with me
And I'll have it made
And I don't undestarnd
Why I sleep all day
And I start to complain
There's no rain
All I can do
Is read a book to stay awake
Maybe it rips my life away
But it's a great escape (4x)
All I can say
Is that my life is pretty plain
You don't like my point of view
You think that I'm insane
It's not sane (2x)
CHORUS
And I'll have it made...
06/02/2003
De:(...)
Enviada em: quinta-feira, 6 de fevereiro de 2003 10:32
Para:(...)
Assunto: RES: Por que você faz parte da minha vida
Marcinho,
Achei lindo a mensagem que me mandou, gosto de receber esse tipo de e-mail também e reconheço que realmente expresse o que estar sentindo. Entretanto ontem quando eu estava já saindo abri o e-mail só para ver se eu tinha recebido algum, quando olhei aqueles vários e-mail seus com títulos bem sugestivos quase morri pelo o quanto gostaria de lê-os, porém tinha que ir embora por causa da minha condução. Chegando aqui fui logo abrindo-os.
Não gostei, de você, não quero receber e-mail (não relacionados aos estudos) prontos. Gostaria que você me escrevesse mesmo literalmente. Sei que também não escrevo, e talvez você mandou por mandar, mas estar vendo o grau de importância que dou as coisas relacionadas a você. Não quero que fique triste com isto, só quero um pouco mais de você para mim. É tão engraça como a minha felicidade estar próxima, à proximamente 10Km apenas! ! ! (Esplanada ao Lago).
_________________________________________________
Tatah,
Imagine Stephen Daldry tentando captar nossos sentimentos, enquanto dançamos ao som de:
No Rain
(Blind Mellon)
All I can say
Is that my life is pretty plain
I like watching the puddles gather rain
And all I can do
Is just pour some tea for two
And speak my point of view
But it's not sane
It's not sane
Chorus:
I just want someone to say to me, oh
"I'll always be there when you wake"
You know I'd like to keep
My cheeks dry today
So stay with me
And I'll have it made
And I don't undestarnd
Why I sleep all day
And I start to complain
There's no rain
All I can do
Is read a book to stay awake
Maybe it rips my life away
But it's a great escape (4x)
All I can say
Is that my life is pretty plain
You don't like my point of view
You think that I'm insane
It's not sane (2x)
CHORUS
And I'll have it made...
06/02/2003
19 de jun. de 2012
18 de jun. de 2012
1º Ato
-Alô! Boa noite. Sr. Gustavo, por favor?
-É ele...
-Oi, meu amor, sou eu, Patrícia. Como você está?
-Cansado, princesa, muito cansado... (Desanimado)
-Eeeh, você...
-Aah! Que nº você está?
-243 89 01 (Não sei como ele ainda não decorou esse nº? Como se ele não soubesse que eu sei que ele me rastreia...)
Triiiiiiim...(Breves minutos.)
-Oi, amor! Me diz como você está?
-Amor... tomei coragem....
-Como é que é?
-E isso mesmo...
-Peraí que eu vou pegar uma cadeira. (Empolgadíssimo)
Alguns longos minutos depois....
-Amor?
-Oi?
-Continua.
-Eu estava teclando com um cara, o nick era OSkAFAJESTES , achei diferente e dei corda... (Ofegante)
-E?
-Me enviou umas fotos e o celular dele. (Ofegante)
-Ai, amor, não sei como te conto isso.
Estou sentindo vontade de chorar...
-Estou percebendo, gatinha, relaxa...
-Estou me sentindo culpada... ( Mais ofegante ainda)
-Mas foi bom?
-Na hora sim, foi maravilhoso. Eu fiquei bem puta.
-Rolou dois ao mesmo tempo?
-Claro! Fizemos inclusive várias algemas chinesas.
-Ahaa... Continua
-Liguei para eles e combinamos.
Fui até o apartamento deles... era umas três horas da tarde... tinha mais dois... me receberam com muita educação...estavam muito diferentes... era como se fossemos conhecidos...estavam jogando truco... e nem tocaram no assunto...me ofereçeram cerveja, suco, bolo. Eu estava muito nervosa. Como estou agora... (Ofegante) - Fica tranqüila, meu amor.
-Está difícil... Pedi para ir ao banheiro. Depois ficamos conversando... Sobre várias coisas...
-Quatro estavam jogando, naturalmente, como se minha presença ali, fosse super normal.
Enquanto eu conversava com um garoto, super gatinho... Mas toda mundo estava participando. Não era nada reservado, nada íntimo... Era como se a gente não houvesse tido aquela conversa pelo chat.
-Depois de muito tempo e alguns silêncios, olhei no relógio.
-Tá querendo ir embora?
-Tá tarde, minha mãe nem imagina onde estou.
-Eu te acompanho.
-Então, amor, quando fui me despedir dos rapazes, dando três beijinhos. Foi quando um deles me pediu um beijo, na boca. Sem graça o menino, mas beijei assim mesmo, sem hesitar, com vontade. Os meninos começaram a gritar, acho que de alegria, sei lá. Um que estava mais afastado tirou a camisa e comecei a ri e a me despir. Um outro sai correndo lá para dentro do apartamento. Voltou com alguns preservativos. Quando eu percebi já estava todo mundo pelado se masturbando.
-Será que vai dá? (risos...)
-Eu tenho mais na bolsa.
-Aí, amor o resto você sabe...
-Não sei de nada, eu não estava lá...
-Amor, deixa de ser chato. Fizemos de dois em dois. Ah! Depois chegaram mais dois. Acho que ligaram para eles, chamando-os.
-E como você está se sentindo.
-Ah, amor, ruim foi depois... estou me sentindo muito culpada. Comecei a chorar quando entrei no carro.
-É...( aquele silêncio pensativo)
-Eles me trataram super bem... Ai, Meu Deus, como te falo isso... estou com vergonha...
-Continua.
-(...)
-Fala mais alto...
-Eu estava fazendo uma felação num deles e um outro se aproximou duro, bem perto do minha boca, o que eu estava recebendo disse: "Ela gosta com camisinha."
-E agora como você está...
-Fisicamente bem, não aconteceu nada forçado... era tudo como eu pedia.... faz assim, faz assado. Mas estou me sentindo mal.
-Não tem por que se sentir culpada, você realizou uma fantasia sua. Você foi muito corajosa.
-Senti muito medo, há muito tempo eu queria fazer isso.
-Mas você tem consciência de que foi usada.
-Mas eles fizeram o que eu queria, do jeito que eu pedia.
-Ãham...
-Será o que eles vão pensar...
-Isso não tem como você controlar.
-O importante é o que você está sentindo.
-Tenho medo de querer de novo, tenho medo de ficar sem vergonha. Tenho medo de só querer assim. Foi muito bom. Foi muito diferente.
-Você já pensou no homem?
-Como assim?
-Você e outra mulher.
-Depende. Nós dois nele?! Sem problema.
-Não, não! É ela te chupando, você chupando ela.
-Ah! amor, isso não. Acho muito perigoso...
-Você tem que ver que o cara pode ter algumas idéias...
-Então eu vou negociar. Mas depende do que ele vai querer. Sabe amor, eu quero alguém criativo, bem maluco que as idéias dele coincida com as minhas, sem eu ter que dizer nada. Quero ser surpreendida.
-Princesa, preciso voltar ao trabalho. Tenho que ouvir algumas fitas. -Aaaaaaaaaaaah, já?
-Tem que ser amor. Me escreva, ok!
-Então um beijo
-Outro bem gostoso -.
________________________
2º Ato
-Paty, que cara inbecil! Descarta ele!
-Marciiiiiinho, por favor!
-Tenho paciência não, Paty. Esquece ele... E ele acreditou na sua história?
-Acho que sim... -Ele ficou se masturbando? -Acho que não, eu contei para ele quase chorando.
-Por quê?
-Não sei na hora que eu começei a contar, fiquei com medo dele desconfiar e comecei a respirar com dificuldade.
-O que deu credibilidade...
-Isso eu nunca vou saber.
-Díficil, viu...Por ele ser federal, acostumado com interrogatórios...
O que ele é mesmo?
-Escrivão.
-Então... Ele te deu corda.
-Mas por que você contou isso para ele?
-Sinceramente, Marcinho, não sei. Na hora, saiu. Sem eu nem mesmo planejar.
07/02/2003
-Alô! Boa noite. Sr. Gustavo, por favor?
-É ele...
-Oi, meu amor, sou eu, Patrícia. Como você está?
-Cansado, princesa, muito cansado... (Desanimado)
-Eeeh, você...
-Aah! Que nº você está?
-243 89 01 (Não sei como ele ainda não decorou esse nº? Como se ele não soubesse que eu sei que ele me rastreia...)
Triiiiiiim...(Breves minutos.)
-Oi, amor! Me diz como você está?
-Amor... tomei coragem....
-Como é que é?
-E isso mesmo...
-Peraí que eu vou pegar uma cadeira. (Empolgadíssimo)
Alguns longos minutos depois....
-Amor?
-Oi?
-Continua.
-Eu estava teclando com um cara, o nick era OSkAFAJESTES , achei diferente e dei corda... (Ofegante)
-E?
-Me enviou umas fotos e o celular dele. (Ofegante)
-Ai, amor, não sei como te conto isso.
Estou sentindo vontade de chorar...
-Estou percebendo, gatinha, relaxa...
-Estou me sentindo culpada... ( Mais ofegante ainda)
-Mas foi bom?
-Na hora sim, foi maravilhoso. Eu fiquei bem puta.
-Rolou dois ao mesmo tempo?
-Claro! Fizemos inclusive várias algemas chinesas.
-Ahaa... Continua
-Liguei para eles e combinamos.
Fui até o apartamento deles... era umas três horas da tarde... tinha mais dois... me receberam com muita educação...estavam muito diferentes... era como se fossemos conhecidos...estavam jogando truco... e nem tocaram no assunto...me ofereçeram cerveja, suco, bolo. Eu estava muito nervosa. Como estou agora... (Ofegante) - Fica tranqüila, meu amor.
-Está difícil... Pedi para ir ao banheiro. Depois ficamos conversando... Sobre várias coisas...
-Quatro estavam jogando, naturalmente, como se minha presença ali, fosse super normal.
Enquanto eu conversava com um garoto, super gatinho... Mas toda mundo estava participando. Não era nada reservado, nada íntimo... Era como se a gente não houvesse tido aquela conversa pelo chat.
-Depois de muito tempo e alguns silêncios, olhei no relógio.
-Tá querendo ir embora?
-Tá tarde, minha mãe nem imagina onde estou.
-Eu te acompanho.
-Então, amor, quando fui me despedir dos rapazes, dando três beijinhos. Foi quando um deles me pediu um beijo, na boca. Sem graça o menino, mas beijei assim mesmo, sem hesitar, com vontade. Os meninos começaram a gritar, acho que de alegria, sei lá. Um que estava mais afastado tirou a camisa e comecei a ri e a me despir. Um outro sai correndo lá para dentro do apartamento. Voltou com alguns preservativos. Quando eu percebi já estava todo mundo pelado se masturbando.
-Será que vai dá? (risos...)
-Eu tenho mais na bolsa.
-Aí, amor o resto você sabe...
-Não sei de nada, eu não estava lá...
-Amor, deixa de ser chato. Fizemos de dois em dois. Ah! Depois chegaram mais dois. Acho que ligaram para eles, chamando-os.
-E como você está se sentindo.
-Ah, amor, ruim foi depois... estou me sentindo muito culpada. Comecei a chorar quando entrei no carro.
-É...( aquele silêncio pensativo)
-Eles me trataram super bem... Ai, Meu Deus, como te falo isso... estou com vergonha...
-Continua.
-(...)
-Fala mais alto...
-Eu estava fazendo uma felação num deles e um outro se aproximou duro, bem perto do minha boca, o que eu estava recebendo disse: "Ela gosta com camisinha."
-E agora como você está...
-Fisicamente bem, não aconteceu nada forçado... era tudo como eu pedia.... faz assim, faz assado. Mas estou me sentindo mal.
-Não tem por que se sentir culpada, você realizou uma fantasia sua. Você foi muito corajosa.
-Senti muito medo, há muito tempo eu queria fazer isso.
-Mas você tem consciência de que foi usada.
-Mas eles fizeram o que eu queria, do jeito que eu pedia.
-Ãham...
-Será o que eles vão pensar...
-Isso não tem como você controlar.
-O importante é o que você está sentindo.
-Tenho medo de querer de novo, tenho medo de ficar sem vergonha. Tenho medo de só querer assim. Foi muito bom. Foi muito diferente.
-Você já pensou no homem?
-Como assim?
-Você e outra mulher.
-Depende. Nós dois nele?! Sem problema.
-Não, não! É ela te chupando, você chupando ela.
-Ah! amor, isso não. Acho muito perigoso...
-Você tem que ver que o cara pode ter algumas idéias...
-Então eu vou negociar. Mas depende do que ele vai querer. Sabe amor, eu quero alguém criativo, bem maluco que as idéias dele coincida com as minhas, sem eu ter que dizer nada. Quero ser surpreendida.
-Princesa, preciso voltar ao trabalho. Tenho que ouvir algumas fitas. -Aaaaaaaaaaaah, já?
-Tem que ser amor. Me escreva, ok!
-Então um beijo
-Outro bem gostoso -.
________________________
2º Ato
-Paty, que cara inbecil! Descarta ele!
-Marciiiiiinho, por favor!
-Tenho paciência não, Paty. Esquece ele... E ele acreditou na sua história?
-Acho que sim... -Ele ficou se masturbando? -Acho que não, eu contei para ele quase chorando.
-Por quê?
-Não sei na hora que eu começei a contar, fiquei com medo dele desconfiar e comecei a respirar com dificuldade.
-O que deu credibilidade...
-Isso eu nunca vou saber.
-Díficil, viu...Por ele ser federal, acostumado com interrogatórios...
O que ele é mesmo?
-Escrivão.
-Então... Ele te deu corda.
-Mas por que você contou isso para ele?
-Sinceramente, Marcinho, não sei. Na hora, saiu. Sem eu nem mesmo planejar.
07/02/2003
17 de jun. de 2012
O BOTO ENGENHEIRO
Ele a raptou para que pudessem assistir ao documentário tranqüilamente. Pode parecer mania, mas para eles não havia nada melhor do que sair do cinema arrastados pela inércia dos espectadores impacientes que se levantam abruptamente antes dos créditos terminarem.
Logo após o filme, ainda atordoados e inebriados, levou-a para jantar. O algoz pediu um pato no tucupi, belensíssimo por sinal. Entre uma garfada e outra, ela lhe disse que havia na mesa ao lado um sujeito que a incomodava de tanto olhá-la. Cafajestamente, perguntou-lhe se ela achava dele. Ela sorrindo lhe repondeu que era o número dela. Ele, possesso, olhou imediatamente, para trás. No reflexo, o sujeito abaixou a cabeça. Ele lhe perguntou o que iriam fazer. Sem hesitar, ela sugeriu que o convidasse para experimentar do pato.
Discretamente, como tudo naquele lugar, acenou com os olhos para o garçom de sempre que prontamente se dispôs. Ofereceram uma garrafa de vinho junto com um cartão de visita. O estranho o leu atenciosamente. Pediu a conta e aproximou-se da mesa deles na intenção de agradecer. Apresentaram-se. Convidaram-no para experimentar o tal do pato. Ele não resistiu, nem queria.
Papo animado o dele, empresário da área de mergulho submarino que ainda estranhava o tempo da cidade: dias quentes para noites frias. Talvez não sobreviveria. Num primeiro momento, eles não compreenderam porque o estranho veio trabalhar ali, já que estávamos a 1.200m acima do mar. O estranho com um sorriso orgulhoso olhou para o lago explicando que uma monumental ponte iria interligar as margens. A atribuição dele seria analisar as condições físicas do relevo numa profundidade média de 14 m. Segundo ele arcos seriam imersos a uma profundidade de 30 m solo adentro. Como os engenheiros fariam isso, cabia a ele solucionar.
A expressão do casal era de que aquilo era um delírio sem fundamento. Ele olhou para lago apontando de onde até onde iria a tal ponte. Rabiscou um croqui do projeto e como uma criança, balbuciava palavras que só os peões entenderiam. Ela, inquieta, percebendo que lhes estavam escapando uma oportunidade ímpar, interrompeu-o dizendo-lhe, a queima-roupa, que se impressionara com sua altura, sua largura, enfim com seu porte. Sorrindo de vergonha, ele lhes confessou que se sentia como um paquiderme.
De repente, aqueles olhos castanhos desanuviados esbravejava contra os fabricantes de portais, calçados, roupas, móveis. O mundo nunca lhe fora amistoso. Ele sofria por não pertencer ao padrão. Havia lugares que ele deixara de entrar barrado pelo constrangimento. Para compensar, invadia sem permissão lugares inóspitos. Ele sorriu. E sorrindo eles perceberam a deixa. Convencido do que ele queria, o namorado antes ciumento lhes disse que formavam um belo casal. O Empressário-Mergulhador, surpreso, lhes perguntou se não eram casados. Cúmplices, negaram qualquer envolvimento íntimo-emocional.
Imediatamente, aparentando irritação, ele se ajeitou na cadeira, pigarreou. Com uma expressão de quem parecia não ter gostado da piada, sugeriu que pedissem a conta, queria levá-los para um passeio exclusivo a águas profundas. Ingênuo, achava que seria capaz de suportar a pressão. Incautos seguiram a experiência suja e prazerosa.
_______________________________________
N.E.: Escrito, originalmente, durante um sufocante sábado de nuvens grandes. 16/11/2002 ou 08/02/2003
16 de jun. de 2012
ERRANDO TAMBÉM SE APRENDE
Voltei para desenterrar os ossos. Tinha medo que alguém me achasse.
- Ainda tenho seu número, olha aqui na minha agenda...lhe disse.
Estava coberto de ouro. O relógio dourado me incomodava as vistas. Quem tem não ostenta. Desta vez não piscou, nem precisava. Entrei, sentei, conversamos. Era a mesma petulância. O mesmo incômodo. De repente, ouço uma música que minha hipocrisia manda eu dizer que odeio. Não caia. Linha-dura.
- Esses babacas ficam usando os animais ...
-(...).
-Acione as travas.
Queria ter sido punido pelo meu crime. Entretanto, não reconheço sua autoridade pois, não sou aquele menininho. Queria comer jamelões, mas agora só no próximo verão. Revivi tudo aquilo, ao presenciar a RPMon utilizando seus animais para catar jamelões. Escutei, atenciosamente, seus delírios. Aquela dos dedos foi triste. Dez polegadas. Quem agüentaria?
-Me dá seu número?
De jeito nenhum, pensei.
Voltei para desenterrar os ossos. Tinha medo que alguém me achasse.
- Ainda tenho seu número, olha aqui na minha agenda...lhe disse.
Estava coberto de ouro. O relógio dourado me incomodava as vistas. Quem tem não ostenta. Desta vez não piscou, nem precisava. Entrei, sentei, conversamos. Era a mesma petulância. O mesmo incômodo. De repente, ouço uma música que minha hipocrisia manda eu dizer que odeio. Não caia. Linha-dura.
- Esses babacas ficam usando os animais ...
-(...).
-Acione as travas.
Queria ter sido punido pelo meu crime. Entretanto, não reconheço sua autoridade pois, não sou aquele menininho. Queria comer jamelões, mas agora só no próximo verão. Revivi tudo aquilo, ao presenciar a RPMon utilizando seus animais para catar jamelões. Escutei, atenciosamente, seus delírios. Aquela dos dedos foi triste. Dez polegadas. Quem agüentaria?
-Me dá seu número?
De jeito nenhum, pensei.
De Taunay a Nava: grandes memorialistas da literatura brasileira
Prof. Dr. Paulo BUNGART NETO (UFGD)
RESUMO: O trabalho apresenta um panorama da produção de alguns dos principais memorialistas brasileiros, de românticos de fins do século XIX tais como Visconde de Taunay, Joaquim Nabuco e José de Alencar, até os modernistas da primeira metade do século XX (Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, José Lins do Rego, Erico Veríssimo, Murilo Mendes e Pedro Nava, dentre outros). Pretende-se demonstrar também de que maneira o gênero memorialístico aparece bem representado na atividade literária de escritores sul-matogrossenses como Otávio Gonçalves Gomes, Ulisses Serra, Elpídio Reis e Manoel de Barros, através de crônicas, poemas, autobiografias e volumes de memórias que retratam, além da vida pessoal de seus autores, a inserção cultural e identitária do Mato Grosso do Sul como nova realidade fronteiriça.
PALAVRAS-CHAVE: literatura brasileira, memórias, memorialismo modernista
15 de jun. de 2012
ACABOU-SE
Quando ela me perguntou, se eu queria namorá-la, não imaginei o furor da sua paixão. Sinto falta da sua voz, apesar de estarmos tão próximos. (In)Sensato! Eu?! Sensato. Sem. Maçante. Inpertinente. Eu te amo. Voz sua ecoa pela cozinha. Onde estaria sendo a turnée? Ouço de dentro do meu coração.
Insensatez
(Tom Jobim/Vinicius de Moraes)
A insensatez que você fez
Coração mais sem cuidado
Fez chorar de dor
O seu amor
Um amor tão delicado
Ah, porque você foi fraco assim
Assim tão desalmado
Ah, meu coração quem nunca amou
Não merece ser amado
Vai meu coração ouve a razão
Usa só sinceridade
Quem semeia vento, diz a razão
Colhe sempre tempestade
Vai, meu coração pede perdão
Perdão apaixonado Vai porque quem não
Pede perdão
Não é nunca perdoado.
How Insensitive
How Insensitive
I must have seemed
When she told me that he loved me
How unmoved and cold
I must have seemed
When she told me so sincerely
Why she must have asked
Did I just turn and stare in icy silence
What was I to say
What can you say when a love affair is over
Now she's gone away
And I'm alone with the memory of her last look
Vague and drawn and sad
I see it still
All her heartbreak in that last look
Why she must have asked
Did I just stare in icy silence
What was I to do
What can one do when a love affair is over
Quando ela me perguntou, se eu queria namorá-la, não imaginei o furor da sua paixão. Sinto falta da sua voz, apesar de estarmos tão próximos. (In)Sensato! Eu?! Sensato. Sem. Maçante. Inpertinente. Eu te amo. Voz sua ecoa pela cozinha. Onde estaria sendo a turnée? Ouço de dentro do meu coração.
Insensatez
(Tom Jobim/Vinicius de Moraes)
A insensatez que você fez
Coração mais sem cuidado
Fez chorar de dor
O seu amor
Um amor tão delicado
Ah, porque você foi fraco assim
Assim tão desalmado
Ah, meu coração quem nunca amou
Não merece ser amado
Vai meu coração ouve a razão
Usa só sinceridade
Quem semeia vento, diz a razão
Colhe sempre tempestade
Vai, meu coração pede perdão
Perdão apaixonado Vai porque quem não
Pede perdão
Não é nunca perdoado.
How Insensitive
How Insensitive
I must have seemed
When she told me that he loved me
How unmoved and cold
I must have seemed
When she told me so sincerely
Why she must have asked
Did I just turn and stare in icy silence
What was I to say
What can you say when a love affair is over
Now she's gone away
And I'm alone with the memory of her last look
Vague and drawn and sad
I see it still
All her heartbreak in that last look
Why she must have asked
Did I just stare in icy silence
What was I to do
What can one do when a love affair is over
11 de jun. de 2012
IMPRENSA
A
Feira do Hip-Hop é um evento idealizado pelo rapper Dam MC, em parceria com a
Singelo Hip-Hop, produtora de eventos em Brasília. A primeira edição foi
realizada em 02 de outubro de 2010, no Teatro da Praça, em Taguatinga. Na
ocasião, o evento contou com shows de Ataque
Beliz, Abuhsca, Flowgados, Markão Aborígine, Diga How, Cleyton MC, Nine
Ribeiro, Nego Dé e Coletivo Aquilombando, além de discotecagem de DJ Esh e
debate com Japão (Viela 17).
O evento foi batizado como "Feira" para
transmitir a diversificação de atrações. Há espaço para todos os tipos de
manifestações da cultura de rua do hip-hop: shows, exposições, debates,
oficinas, batalhas e vendas. O objetivo é oferecer um amplo leque de opções
dentro do universo do hip-hop, trazendo o público para perto de seus ídolos.
A Feira do Hip-Hop foi concebida como um evento
independente. Após a primeira edição, porém, chamou a atenção do mercado e
adquiriu novos parceiros e colaboradores, bem como o apoio de empresas,
instituições e governo.
Nessa segunda edição, o evento expande os horizontes
e abre espaço para a participação de atrações oriundas de outros estados, como
São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. Entre os artistas convidados para a Feira
deste ano, estão: Marechal (RJ), Kamau (SP), Flora Matos (SP), Rashid (SP), Terra Preta
(SP), Xará (RJ), Ogi (SP), Rincon Sapiência (SP), Karol Conká (PR), Cabes (PR),
AXL (SP), Max B.O (SP), Terceira Safra (SP), Slim Rimografia (SP), Abuh (DF),
Ahoto (DF), Rapadura (CE), Firma dos Scratches (DF),
Hadda MC (DF), O evento contará com duas batalhas, sendo uma de MC's (1 versus 1 - valendo R$ 1.000,00)
e uma de Break (4 versus 4 - valendo
R$ 1.000,00). As inscrições são gratuitas e poderão ser realizadas no local do
evento com até 1 hora de antecedência.
Serão
realizadas também oficinas com o produtor Luiz Café (RJ) e debates com o
jornalista Gilberto Yoshinaga, editor do site Central Hip-Hop e autor da
biografia de Nelson Triunfo, e Markão Aborígine, que
além de Rapper é Conselheiro Tutelar e Educador popular e fundador da Frente
Candanga de Hip Hop Contra a Corrupção e Coletivo ArtSam.
SERVIÇO
Data:
08 e 09 de abril
Horário:
13h ás 23h
Local:
TaguaPark, Pistão Norte - Taguatinga
Censura:
Livre
Ingresso:
R$ 10,00 cada dia
Pontos
de venda: NegroBlue (Conic) e Bambaata (Goiânia)
Informações:
www.feiradohiphop.com.br
7 de jun. de 2012
3 de jun. de 2012
Na missão dos arrebenta
Sonhos fragmentados com o delegado Fornazze me pressionando. Recusava-me a lhe entregar o serviço.
Levantei-me e fui caminhar, antes de ir para o treino. Um banho de esperança, afim de me livrar do sa do suor l que me ardia a pele. Voltei com essa história.
Levantei-me e fui caminhar, antes de ir para o treino. Um banho de esperança, afim de me livrar do sa do suor l que me ardia a pele. Voltei com essa história.
"Deixa passar o carnaval. Um telefonema de Ponta Porã me acordará de madrugada. As mesmas perguntas. Sou induzido ao erro de acreditar na capacidade de perdoar do tempo. Convencido, me dirijo à Base Aérea de Brasília e embarco a caminho de Assunção.
O mormaço em guarani me ofusca as idéias. Uniformes camuflados vicejam nódoas, iguaizinhas aos de outrora que eram pretos. Ironia. Eles saem do mesmo guarda-roupa. Foram confeccionados na mesma alfaiataria.
A arquitetura dos barracos de alvenaria mudou, menos a estrada de terra que leva meu coração até o cativeiro. Estou a três horas de resolver meu destino.
Dessa vez, sonhos-de-valsa comprados na loja de conveniências do posto de gasolina, naquele mesmo posto de gasolina, onde o encontro casual se esbarrou numa cabine de um banheiro, derreterão esquecidos no porta-luva da S10 prata.
Ao chegar em casa, encontrarei Fornazze preparando um carneiro à moda dos carcereiros. Seus colegas me cumprimentarão e se despedirão de nós, alegando irem atender uma ocorrência.
Fornazze me ajudará com as malas até o quarto; me convencerá a tomarmos banho juntos; contará que acabou de aumentar sua coleção de armas com mais um Glock que tomou de um traficante, "depois eu te mostro"; começará a narrar suas histórias inverossímeis que me irrita tanto quanto irritaria um promotor da vara de Direitos Humanos. Reclamará da minha barba. Pedirá que eu corte as unhas. Nesse momento, interrompo-lhe.
Agradeço sua hospitalidade, sua confiança em compartilhar seu diário-de-bordo, seu empenho em recomeçar, mas sugiro, delicadamente, que atraque sua lancha em outro píer, que procure outro porto seguro para seu porta-avião, que deixe de fazer mira numa moeda no ar.
Ao sair do banho, escorrego na louça da banheira. Caio nos seus braços e fica difícil manter um argumento convincente.
O passado prevalece sobre confissões anônimas.
O mormaço em guarani me ofusca as idéias. Uniformes camuflados vicejam nódoas, iguaizinhas aos de outrora que eram pretos. Ironia. Eles saem do mesmo guarda-roupa. Foram confeccionados na mesma alfaiataria.
A arquitetura dos barracos de alvenaria mudou, menos a estrada de terra que leva meu coração até o cativeiro. Estou a três horas de resolver meu destino.
Dessa vez, sonhos-de-valsa comprados na loja de conveniências do posto de gasolina, naquele mesmo posto de gasolina, onde o encontro casual se esbarrou numa cabine de um banheiro, derreterão esquecidos no porta-luva da S10 prata.
Ao chegar em casa, encontrarei Fornazze preparando um carneiro à moda dos carcereiros. Seus colegas me cumprimentarão e se despedirão de nós, alegando irem atender uma ocorrência.
Fornazze me ajudará com as malas até o quarto; me convencerá a tomarmos banho juntos; contará que acabou de aumentar sua coleção de armas com mais um Glock que tomou de um traficante, "depois eu te mostro"; começará a narrar suas histórias inverossímeis que me irrita tanto quanto irritaria um promotor da vara de Direitos Humanos. Reclamará da minha barba. Pedirá que eu corte as unhas. Nesse momento, interrompo-lhe.
Agradeço sua hospitalidade, sua confiança em compartilhar seu diário-de-bordo, seu empenho em recomeçar, mas sugiro, delicadamente, que atraque sua lancha em outro píer, que procure outro porto seguro para seu porta-avião, que deixe de fazer mira numa moeda no ar.
Ao sair do banho, escorrego na louça da banheira. Caio nos seus braços e fica difícil manter um argumento convincente.
O passado prevalece sobre confissões anônimas.
2 de jun. de 2012
Umbabarauma
Nike em grego antigo: Deusa da Vitória. Vitória por ter vencido o outro ou a si mesmo? No primeiro caso, somos corruptíveis; no segundo, exemplos de superação.
Umbabarauma
Umbabarauma
1 de jun. de 2012
GuitarHouse
Moderador
14
# abr/05
A origem da palavra orquestra está no vocabulário grego. ORKHESTRA queria dizer "lugar destinado à dança".
No século V a.c., os espetáculos eram encenados em anfiteatros ao ar livre e "orquestra" era o espaço situado imediatamente em frente à área principal de representação, que se destinava às evoluções do coro, que cantava e dançava. Também nesta área ficavam os músicos instrumentistas.
Séculos depois, mais propriamente no início do século XVII, na Itália, as primeiras óperas começaram a ser executadas. Como eram imitações dos dramas gregos, o espaço entre o palco e o público, destinado aos músicos instrumentistas, também ficou conhecido como "orquestra". Daí a se batizar o grupo de músicos como ORQUESTRA não demorou muito.
Nos dias de hoje, usamos a palavra ORQUESTRA para designar um grupo de instrumentos que tocam juntos. O número de instrumentos pode variar entre um grande número (ORQUESTRA SINFÔNICA) e um grupo reduzido (ORQUESTRA DE CÂMARA).
O que determina o número de instrumentos é a combinação orquestral pensada pelo compositor para expressar suas idéias musicais e podem ser as mais variadas possíveis.
E a filarmônica?
Bem, uma orquestra FILARMÔNICA, na sua origem, em nada difere de uma SINFÔNICA quanto à quantidade de instrumentistas. As duas se diferem apenas na sua natureza, pois as FILARMÔNICAS eram orquestras mantidas por grupos de admiradores, enquanto as SINFÔNICAS são orquestras mantidas pela iniciativa privada ou governamental.
Sinceramente, hoje não se pode dizer no Brasil que haja uma orquestra filarmônica, pois todas, sem exceção, dependem do auxílio seja da iniciativa privada, seja dos governos municipal, estadual ou federal.
In: http://forum.cifraclub.com.br/forum/13/84104/
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