15 de jan. de 2005

A última vez que chorei em público foi quando o Carrasco fez omelete do meu polegar. Depois, aprendi a jogar a emoção para o platéia. Minhas lágrimas, leitora e leitor, decorrem da minha amadorística prática cênica. Em falsete, desenterro feijões que não mais crescem a custo de falsos herbicidas. Dói. Sinto repulsão em fazer o que eu gostaria que fizessem em mim. Sobreviverei ao final de semana. Espero que vocês também. E se hoje apareço cabisbaixo, decorre do pedido de hoje cedo: "quando você tiver sozinho aqui na loja, por favor, não fica no computador." Ainda nem eram seis horas e eu já sentido a fervura do chá de boldo. Será que se eles vierem a ler meus pensamentos ou mesmo se estiverem me lendo poderão vira a romper os laços de papel sulfite? Iniciar-se-á uma era de gelo? Do lado do Carrasco não encontro a tranqüilidade prometida, do lado da família não encontro a serenidade esperada . Me debato dentro da jaula, feito mico leão-dourado. Fazer programa na sauna seria uma solução, difícil de arriscada, mas já executada de bem-sucedida. Assim, poderia pular de biblioteca em biblioteca, de prateleira em prateleira, atrás de referências nem sempre confiáveis.

Nenhum comentário:

Postar um comentário