17 de jan. de 2005

O novo vizinho está colocando vitrais nas janelas. Só espero que o casal de rotweiller seja educado. Não vou me levantar da cama, para cumprimentá-los, nem para nada. Os três aparecem nervosos. Os cãos não param de latir. O viking, de gritar com os homens que carregam caixas de madeiras. Só de olhar sinto o peso. Eu também preciso me mudar. Se pelo menos o Dente-amarrado atendesse minhas ligações, eu poderia compartilhar meus planos com seus sonhos. Ele nunca vai conseguir ter tempo para mim. E mesmo assim eu insisto no erro. Quero um aparador igual aquele no meu quarto. Ouro envelhecido refletindo o amor que se esvai dos nossos corpos numa nublada tarde de domingo.

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