11 de jan. de 2005

Vísceras vazias me servindo, na taça, águas do Adriático. Ela também sofre por não encontrar alguém que esteja disposto a viver um romance sincero de duradouro. O que não se vive, se cria, se reelabora. Assim, ela se libertou. Menina de pele leitosa, pura nuvem que nos anuncia o veranico. Está frio aqui dentro do peito Miss P.. Meu calcanhar se congela ao pisar no chão. Tio M. me pergunta se tem café. Café preto, Tio? Pergunto-lhe abrindo sorrindo cúmplice. Estou deixando de beber, Marcinho. (Graças à Deus!) Só vou beber durante seis meses. Dia sim, dia não. Começo a rir a ponto de meu estômago dar nó. Acordo a Sabiá insone. Você tratou dela, hoje? Tio M. me faz rir, quando eu preferiria me enfurnar no quarto permanentemente lusco-fusco. Ele me tirou a lembrança do copo vazio. Não quero mas servir pratos rápidos, comidas instantâneas. Três minutos é muito pouco. Duas horas não é nada, se telefonema não me acorda logo cedo: Só liguei para lhe desejar bom dia, meu amor! Arroz com feijão tão básico de gostoso. Porque amor e sexo não marcam um encontro logo mais depois das 21h em frente ao Centro de Convenções? Vou voltar à peleja, antes que seja necessário colocar luvas para cumprimentar os incautos. Lutaria, se possível, ao lado dos Troas contra os Aqueus. Queria fazer diferença.

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