8 de out. de 2007

A primeira frase nunca pode ser pessoal. Preciso das noites sem risoto para desmistificar o sentido do número dez. Desista leitor, estou apenas juntanto aleatoriamente peças de um quebra-cabeça que teima em ser incompleto. Há riscos, eu sei, mesmo assim a lataria nos protege. Nada de dor, nem prazer. Estamos, estou, no limiar. Sorumbático. E não consigo me livrar da primeira pessoa. Talvez um novena. Quinhentos Pai-Nosso. La Cité de Quebec. Os versos em inglês. Atwood a me corrigir o nó da gravata. Observo o candelabro do hall, o teatro de mil vozes, e concluo: o cinema é ente em coma. Do teatro faço minha cama. E não há porque se lamentar. A apólice de seguro bilionária não permitirá a nenhum dos órfão chorar. Meu humor oscila de meio-dia às quatro da tarde. A novidade, um acidente na ponte. Conheço aquela placa. A foto do motorista me excita. O órfão me puxa pela camisa. Daqui a um mês, daqui a um mês, me respondem. Olhar de fúria. Insatisfação. Mando por descarga abaixo todo o meu medo. Agradeceria à força cósmica que rege essa galáxia pelo montinho de massa compacta constituida à forceps dentro do recanto de Atibaia. Não posso, preciso estabelecer contatos por telefone com os torturados exibicionistas. Não é o caso. Dispenso. Grosso! Acabara de perder uma oportunidade. Desligo o telefone. E desisto de nossas tentativas. A noite foi feita para se brincar, não o dia. Volte ao roseiral e termine a colheita de outubro, me aconselha meu diário íntimo que até então acompanhava toda cena como se não fosse conosco.

5 comentários:

  1. Taí, gostei!!! Vou voltar com mais calma.
    Bjus.

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  2. rsrsrsrs. sem palavras. muito criativo, bem escrito. Só n consegui compreender mesmo. Mas isso vc disse no começo. Sendo assim, n deve ter sido por causa minha santa ignorância.
    bj.

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  3. Volte sim, Dilean. Será uma satisfação tê-la aqui conosco.

    Fernanda, não se trata-se de ignorância. Nada mais faz sentido.

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  4. Não! Algo resta que ainda guarde sentido pras coisas,nós, pra tudo.
    N consigo entender esse discurso pós-moderno de irracionalidade e incomunicabilidade.
    bjs.

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  5. Falei que ia voltar e voltei!
    Como andam as coisas por aqui?

    Muita luz a todos.

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