24 de mai. de 2011
20 de mai. de 2011
TESTE DOSHA: descubra o seu tipo ayurvédico | ESSE TAL DE SAGRADO FEMININO…
Vata significa a força que gera e possui as qualidades do “ar” (e do espaço). Vata não é “gás” mas a força que, quando em excesso, produz “gás”. Vata é o dosha formado pelos elementos ar e éter. Suas características são ser seco, leve e frio. As pessoas com predominância de Vata são geralmente magras, ativas e costumam ter a pele seca e eventualmente constipação intestinal.
19 de mai. de 2011
14 de mai. de 2011
29 de abr. de 2011
--Será q estou adiante de um bipolar com gênio criativo. --a doutora sorriu como se estivesse admirando uma aliança de brilhante na vitrine da H. Stern.
--Sinceramente, espero que não.-- respondi. Sai do consultório incomodado.
27 de abr. de 2011
20 de abr. de 2011
4 de abr. de 2011
Banho de gato
12 de mar. de 2011
26 de fev. de 2011
As Flores da Páscoa: primeiras notas. Fundamentação teórica
mutável e o imutável
movimento e permanência
materialidade e a essência formam o todo que pode ser também o nada
principio da dualidade: pai e filho, yin e yan
Dualidade todo inseparável
Todo e Nada: Espírito Santo (Cristianismo), Prana (Hinduísmo), Qi (Taoísmo)
Pai Filho Espírito Santo
óvulo, Espermatozóide, ovo
Pólen óvulo fruto
(fixo) (em movimento) (em movimento/fixo)
Filosofia e literatura: O risco do solilóquio
" 'o primeiro ensinamento filosófico é perguntar: O que é o útil? Para que e para quem é o útil?' "
Idéias filosóficas em forma literária
25 de fev. de 2011
Ainda na sessão de anteontem, Oscar 2011
-- Humm mmm...
-- Não tenha vergonha. Pode ser o mais absurdo de todos.
-- ... hummm... ganhar o Oscar de Melhor Roteiro Original. Não é pela fama e ou pela glória, nem pelo dinheiro. Seria como ascender ao Monte Olimpo. Estar novamente junto com aqueles que eu amo, admiro e me espelho, junto daqueles que se sacrificam pela arte, mesmo que para isso tenham que fazer concessões...
-- E o que você tem feito para realizar seu sonho?
-- Tenho lido e escrito diariamente, não o tanto que eu gostaria, mas o tanto que posso. Tenho estudado... observado atentamente tudo que acontece ao meu redor... Busco me informar como o sistema funciona e como eu posso e devo me inserir nele...
Toc-toc-toc. Alguém interrompera a sessão e minha fala, para entregar a chave da secretaria à psicóloga. Agora estamos realmente a sós, pensei. E isso não faz a mínima diferença.
Na sessão de anteontem
24 de fev. de 2011
Coração restrito, mente fumegante
21 de fev. de 2011
19 de fev. de 2011
"O diário de uma das minhas avós", interrompeu Martyn, fazendo uma viravolta com os braços cheios de livros. "Que velha senha excêntrica" ela deve ter sido! Eu mesmo nunca consegui manter um diário. Embora tentasse várias vezes, nunca consegui escrevi em nenhum além de 10 de fevereiro. “Mas aqui, olhe só”, e ele se debruçou sobre mim, apontando com o dedo, "aqui estão janeiro, fevereiro, março -- e assim por diante --doze meses ao todo.”
"O senhor então já o leu?, perguntei, esperando, ou melhor, desejando que ele dissesse não.
"Oh, já li sim", disse ele sem refletir, como se isso não passasse de uma desimportante empreitada. " Levei algum tempo para me acostumar com a letra, e é esquisita a ortografia da nossa velha donzela. Mas há coisas bem singulares aí. Aprendi com ela, desse ou daquele modo, muitas coisas sobre a terra.” E ele bateu na papelada de leve, meditabundo.
"O senhor conhece também a história dela?", perguntei.
"Joan Martyn", começou ele, como uma voz de ator em cena, "nasceu em 1495." Era filha de Giles Martyn. A única filha. Ele porém teve três filhos; nós sempre temos filhos homens. Ela estava com 25 anos quando escreveu este diário. Viveu aqui a vida toda -- nunca se casou. Na verdade morreu aos 30. Acho que a senhora poderia ir ver o túmulo dela, lá onde está junto com os outros.
Woolf, Vírginia. Contos Completos. Trad. Leonardo Fróes. CosacNaify.1ª Ed.
18 de fev. de 2011
17 de fev. de 2011
Hoje, são eles que me alimentam.
Sua paz invade meu interior,
me serve de escudo.
Com suas penas, confecciono fantasias
que jamais usarei.
Dos empalhados, faço semi-jóias,
Dos correios, faço amizades.
Os das estátuas me inspiraram.
Os da rede elétrica me observam.
Na praça marquei um encontro,
onde os aves me faziam sala,
era uma festa em revoada.
Se eu chorava, era de alegria,
não de tristeza.
Se eu lhe esperava,
era porque os pombos se faziam de cupidos,
na esperança de testemunhar um amor,
que jamais deveria ter saído dos limites do virtual.
Agora eu sei o que acontece quando o pombos choram.
O tempo escurece e todos vão embora.
16 de fev. de 2011
Meus hábitos de leitura
Gosto de ler trechos de livros em voz alta para outras pessoas.
Tenho preferência por romances. Mas leio também contos, crônicas, poesia, peças de teatro, ensaios, teoria literária e teses, nessa ordem de preferência.
Gosto de ler biografia dos autores, quando possível.
Gosto de ler o livro do começo ao fim, sem pular páginas, nem adiantar ou ler o final da história, mesmo que isso leve meses.
Gosto de ler os clássicos que ninguém conseguiu ler.
Gosto de alternar minhas leituras entre estrangeiros e nacionais, clássicos’ e contemporâneos, homens e mulheres, heteros e gays, consagrados e os desconhecidos.
Não leio qualquer tradução, tampouco qualquer edição.
Não leio orelha, nem a contracapa de livros.
Detesto orelhas e contracapas que trazem fotografias do escritor.
Gosto de ler jornais assim que me levanto, com suas as páginas organizadas, enquanto tomo meu desjejum, mas nem sempre isso está sendo possível;
Gosto de ser o primeiro a ler a Veja quando chega em casa, antes de todo mundo, mesmo que seja para passar raiva.
Gosto de folhear o jornal de domingo. Às vezes, leio-o todo.
Gosto de ler os sites de jornais online.
Gosto de ler blog de escritores amadores.
Gosto de escolher um escritor por vez para ler sua obra em ordem cronológica de edição.
Ignoro best-sellers e mega-sellers
Não leio entrevistas de escritores consagrados pela crítica e/ou público.
Não leio resenhas.
Leio poesia me voz alta.
Não leio livros que estejam em lista dos mais vendidos.
Evito ler livros que tenham sido premiados recentemente. Vai para o final da fila.
Leio cadernos literários com muita desconfiança e senso crítico.
Não corro para ler um livro só porque ele foi adaptado para o cinema. Vai para o final da fila.
Não leio livros expostos na vitrine da livraria, aliás evito livrarias de shopping.
Não leio em cafés literários.
Leio peças de teatro em voz alta.
Gosto de ler livros que acabei de comprar.
Gosto de ler livros novos.
Leio livros antigos em problema nenhum.
Não leio livros de sebos.
Não risco, nem rabisco meus livros, tampouco uso marcadores de páginas.
Leio com lápis e papel nas mãos.
Leio quando estou entediado.
Não consigo ler sozinho em casa.
Gosto de ler em bibliotecas públicas.
Não consigo ler quando estou me sentindo só.
Ler para mim é um ritual. Luz, postura, apoio do livro, cadeira, mesa, lápis, papel A4 e uma garrafa grande
de água.
Gosto de reler um livro que me arrebatou quando estou aguardando no consultório médico, ou na fila do banco ou da rodoviária.
Gosto de ler na sala de embarque.
Gosto de ler enquanto me desloco, seja de navio, avião, trem, ônibus ou carro.
Não leio na cama.
Faço o possível para sempre ler confortavelmente sentado e com iluminação apropriada.
Leio e-books, mas prefiro ler no papel.
Leio brochuras contrariado.
Leio edições de luxo com imensa satisfação.
Todos meus livros possuem selo de ex-libris.
15 de fev. de 2011
Onde está escrito que viver é fácil? Lembre das aulas de história antiga. Volte a estudar história contemporânea. O sofrimento permeia as civilizações. Nem mesmo os imperadores protegidos nos seus palácios adornados de ouro e jóias deixavam de sofrer, de fome ou de amor. É inevitável. O sentido da vida consiste em sobreviver às dificuldades, me desculpe Ricardo Reis, na pessoa de José Saramago, que me ensinou... Não! A frase saiu da boca do mensageiro do hotel: “quanto ruim, nunca pior”. Com sua permissão, meritíssimo, eu chego à conclusão que a situação pode sim piorar. Então, abandono esse ranço de pessimismo que me acompanha desde que tomei conhecimento da sua obra, para me voltar ao sol do otimismo, bem clichê: “dias melhores virão”. Não importa se eu não estarei aqui para presenciá-los. Uns semeiam, outros colhem. Quando se está morrendo, cabe a gente amparar os amigos, acalmar os parentes, sorri para os médicos, estender o braço à enfermeira para que ela aplique a injeção com a medicação. Pegar o livro da cabeceira e continuar a lê-lo. Se a morte é tabu (suspenso somente em condições extremas) tanto no meio hospitalar, quanto fora, não vamos convidá-la para jogar truco conosco. Bergman é maluco em nos mostrar que poderíamos desafiar a morte numa partida de xadrez. O sueco entende da vida e nos ensina, quando tiveres que enfrentá-la use suas armas, seu talento, seu dom. Deus na sua crueldade incomensurável, quando nossa futura mãe entra em trabalho de parto, toma de volta nossas asas, era apenas uma outorga, e nos joga no mundo. Se eu chorei não foi por causa da palmadinha, era choro de desespero em saber que não mais cantaria para o Senhor. Em contrapartida, Ele nos presenteia com uma habilidade. Este “vai ser gauche na vida”; aquele vai ser todo ruim. Caberá a mim e a ninguém mais descobri-la ou desenvolvê-la. Em momento nenhum, alguém diz que será fácil. Revelar ao mundo nossas aptidões confunde-se com o próprio viver e cultivá-las, apesar das rasteiras e voadoras, socos e pontapés, demonstra nossa capacidade de sobrevivência.
14 de fev. de 2011
Por que a gente bebe, mesmo sabendo que no outro dia acordaremos com a cabeça desparafusada, vomitando a alma? Já é Valentine’s Day. Por que a gente vai para cama com sujeitos que fustigam nossa carne a ponto dos Doutores Proctologistas notificarem as autoridades policiais? São Valentino passa a ser meu santo de devoção. Você vai passar por outro exame, corpo delito. Aguarda aí. O problema não era ficar nu perante o legista e o assistente; o problema era disfarçar a sensação de prazer ao fitar nos olhos castanhos amendoados do médico-chefe. Tenho medo de bisturi e agulha, mas não nas mãos do Doutor Altivez que acabara de entrar pela enfermaria perguntando pelo paciente. Ele não anda, ele marcha. Ele não pede, ele manda. Vai doer chefe. Nessas horas a gente perde a audição, como se os ouvidos estivessem sendo entupidos por potentes protetores auriculares; a vista se escurece lentamente, restando-nos pequenas luzes piscando. Você se entregaria ao sono, caso a voz, semelhante ao do Pai a nos dizer o quanto nos ama, não lhe chamasse repetidamente pelo nome. Nem comecei a sutura. Minha pele ouriçada, não por causa do ventilador ligado, mas por causa das ásperas mãos peludas afastando minhas nádegas. Se doer, você fala. Com certeza! Não vai doer mais do que as palavras do Catão. Eu sou homem. Eu gosto é de boceta. Sério, querido? Um fato não exclui o outro. Seus argumentos eram mais convincentes quando sentávamos lado a lado na aula de Topografia e Fotogrametria. Não tenta se justificar, ocultando o desejo que lhe estorva o sono. Brutus, o carioca previsível, havia me perguntado: você é capaz de ser fiel a um homem só? Sim. Com certeza. Quando a gente se completa... Desde que tome a primeira dose. Fala logo, porque se eu te pego com outro, eu te atropelo. Eu já tenho dois processos na justiça. Não quero mais fazer bobagem. Não quero perder essa oportunidade. O diabo mora na carência dos corações ausentes. Meu Valentine viajou e eu não sei como trabalhar a solidão. A literatura ajuda, ora confude. A gente acata a ordem de entrar no galpão destruído pelas chamas, para trabalhar nos rescaldos. Catão, do resíduo da nossa história sobraram apenas cinzas e hematomas. Estas, eu esconderei dos críticos. Aquelas, o vento se encarregará de dispersá-las, como se estivessem levando embora a lembrança do meu primeiro valentine.
Emocionado, Ronaldo confirma adeus ao futebol aos 34 anos
12 de fev. de 2011
um pequeno sol de bolso
11 de fev. de 2011
Midan al-Tahrir, daqui a algumas horas seremos apenas nós.
10 de fev. de 2011
Palavras | Virginia Woolf
Coaching Literário: Os dez mandamentos de Horacio Quiroga
Para reduzir gastos, Senado corta horas extras de diretores e suspende concurso
Por fim cheguei ao apartamento onde ela morava e constatei que a placa na entrada, quando a olhei, indicava ambiguamente -- igual ao resto de nós -- que ela tanto estava lá quanto fora. À sua porta, bem no último andar do prédio alto, toquei a campanhia e bati, esperei e sondei; ninguém atendia; eu já começava a me perguntar se as sombras morrem, e como poderiam ser enterradas, quando veio uma criada gentil abrir a porta. Mary V. tinha estado doente por dois meses; morrera ontem de manhã, na mesma hora em que eu gritava seu nome. Nunca mais, assim, hei de encontrar sua sombra.Woolf, Vírginia. Contos Completos. Trad. Leonardo Fróes. CosacNaify.1ª Ed.
As fases da doença bipolar favoreceriam o processo de criação literária, uma vez que correspondem à alternância característica da actividade do escritor: um período de “recolhimento”, de elaboração de idéias, seguido de um período de produção (inspiração e transpiração). É claro que isso só funciona nos casos mais moderados, em que a mania não é acompanhada de manifestações agressivas, mas é, antes, aquilo que se conhece como hipomania, um estado no qual a pessoa se sente “energizada” e pode trabalhar com entusiasmo. Honoré de Balzac, para Storr, era um bipolar típico. Nas fases mais produtivas, o escritor jantava às 6 da tarde, dormia até a 1 da manhã, levantava, trabalhava durante toda a madrugada, parando para tomar café, descansar e receber visitas. Não é de admirar que tenha escrito a gigantesca obra que é a Comédia humana. Nos períodos depressivos, contudo, pensava em suicídio, fim de escritores como Virginia Woolf e Ernest Hemingway. A escritora inglesa teve uma vida atormentada por surtos depressivos que pareciam não afetar sua criatividade mas a levaram a entrar no rio Ouse com pedras nos bolsos de seu casacão para se afogar. Já Hemingway viveu numerosas aventuras pelo mundo, escreveu obras de enorme sucesso, mas tinha de lutar sempre contra a depressão, que também o levou à morte. E eles não foram os únicos. Entre os escritores diagnosticados – em geral depois de mortos – como bipolares estão Hans Christian Andersen, F. Scott Fitzgerald, Nicolai Gógol, Graham Greene, Henrik Ibsen, Joseph Conrad, Herman Melville, Mary Shelley e Robert L. Stevenson. A pergunta de Aristóteles não foi ainda plenamente respondida. Mas aceitar que doença mental e talento são compatíveis já é um grande progresso.