Hoje estou disperso, desconcentrado, inquieto. A todo momento confiro na tela do celular o andamento da História. Você está no mundo da Lua, dizem uns; presta atenção no trânsito, dizem outros. Minha alma não está aqui, meu coração bate longe. Se me perguntam onde eu gostaria de estar, responderia imediatamente: em Tahrir, respirando o ar que move o povo contra arbitrariedade dos homens. Nesse capítulo da História contemporânea sou apenas espectador privilegiado. Vou tirar o resto de dia de folga. É sexta-feira mesmo. Vou chamar uns amigos e estacionar nossos carros na porta da embaixada do Egito. Um buzinaço poderá ser ouvido de longe, caso a justiça seja feita.
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