24 de mar. de 2005

Quanta saudade sinto de quando os únicos problemas a resolver eram equações de 2ª grau. Tudo bem, que eu apanhasse sempre no intervalo ou na saída; ou os professores se sentissem incomodados com minhas perguntas, mas eu era feliz. Felizinho. Hoje, me desfaço dos meus papéis, pois investigador nenhum vai ficar folheando minha intimidade e reflito que desejo ser Mário de Sá-Carneiro ou Virginia Woolf. Acho que nunca vou aprender a escrever, mesmo. Estou visivelmete causado, exaurido! Nem pensar mais eu quero. Montaigne! É disso que eu preciso, aceitar a Inevitável. Amanhã, vou passar o dia rasbicando palavras estrangeiras. Muito mesmo. Eu preciso de quantidade, de cadernos e mais cadernos escondidos na estufa de mogno. A prática me levaria a perfeição. Só não sei se quero realmente ser perfeitinho. Minha vontade é sentar-me ao lado do papai, e dizer-lhe que realmente estou muito magoado e magoado à anos. Não que eu vá querer alguma reparação. Respeito já seria suficiente. Regredi aos 14 anos, eu sei. Mas questões, essas, a trancar a minha pauta me traz de volta. (Adoro inversões.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário