4 de jun. de 2005

Erotismo na Cidade

Testando a inteligência que transpira testogerona, aquele lá, era eu. Passei correndo sem falar com ninguém. Diz aí, o que o sansei black-belt queria. O celular emprestado. Jura? Me oferecer carona. Muito quadrado, muito pesado, muito grande. Precisaria de uma escada para alcançar o céu da boca dele. O terceiro numa noite de promiscuidades. Meu olhinho nem pisca mais. Vou gozar com esse e vamos embora. Meu amigo, agora personagem, riu. Como você sabe que ele luta? Fetiche, Bicha, fetiche! Não vai aos campeonatos, não reconhece a baunilha Vestir-se com o quimono suado do finalizador. Fingir-se de moça desentendida, grunir, emitir gemidinhos sufocantes. Engolir o que puder. Pedir para lhe ensinar a aplicar o mata-leão. Deixar que ele te amarre com a faixa de algodão cru cheirando a magnésio.

Me entrego, depois venho ao confessionário, como se pudessem me tirar o peso da consciência. Sou culpado e a indiferença da moça loira-de-olhos-azuis seria a pena. Se ela não insistisse em querer me beijar, mesmo eu tendo lhe contado detalhadamente a vergonha que passei no chuveiro, na cama, encostado na parede, segurando no corrimão, plantado no carpete, na varanda estrelada. Acho que acabei deixando a moça excitada. Papai adoraria chamá-la de "minha nora". Meus amigos diriam que ele está me comendo com o dedo. Só foi um beijo e já sinto ciúme. Vou sair com quem me ligar primeiro. Se o Sansei me chamar para ir ao cinema, eu namoro a Loira; caso contrário, amiguinhos. Estou decepcionado com a terapia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário