6 de jun. de 2005

Harry Potter e o Príncipe Bastardo

Cada vez me convenço que literatura se faz com marketing. Deixa-me ir fazer o meu. A propósito, a Dra. não se interessa se há poeticidade no que escrevo ou não. Por isso não me propus a buscá-la no aeroporto. Posso até comer carne mixada, mas tem que saber se oferecer, me seduzir. Nem lambari, nem sabonete, tampouco Mercúrio, Hermes, talvez ungido pelo Deus mensageiro. predestinado, não! Tinha que entregar/ enviar um bouquet de géberas para Manaus. Sempre tenho algo para entregar. Estou me cansando disso, dessa digressão, daquela falta de assunto, do desejo que toma conta dos meus dedos-cérebro-imaginação e só passa depois do almoço. Talvez se eu deixasse de escrever para mim, mesmo; largasse o tom confessional do diário. Talvez... sonharia com advérbios. Mentira! A ficção possui sua próprias regras. Odeio obdecer/seguir regras das quais não pude participar na elaboração. Por isso, amo a língua. Faço dela o que eu quiser, pagando o risco do isolamento, mas de repende, eu nasci mesmo para ser só. O homem é um ser social. Meu amigo recifense, (esse não é invenção minha, não!) me dissera que os comentários no blog dele não passavam de dez. Eram sempre as mesmas pessoas, os mesmos amigos. Ri e respondi-lhe que os meus, não passavam de cinco. O que me agrada muito. Sim! Multidão me desorienta. E nada pior do que estar-se só esperando o vôo atrasado. Desculpa. Faulkner está aqui comigo, descansando no meu colo. Ele também fala sozinho. Mesmo assim, gosto de escutá-lo.

P.S.: Não estou lendo o autor acima citado. Digitei conforme foi se desenrolando.
García Lorca continua me tomando todo o tempo.

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