2 de jun. de 2005

Primeira lição: Aprender a conviver com pessoas rancorosas. Costumo dizer que estou fazendo estágio para trabalhar no Congresso Nacional. Enquanto discutiam sobre quem matou quem, eu me ausentava ao pedaços. O Doutor, ontem, falou que sou muito filósofo. Ignorante! O Cirurgião é capaz de abrir e fechar uma pessoa, mas... Ele estava me insultando! Se eu fosse intelectual, estaria em Salamanca ou Frankfurt, ou em Paris... Nova Iorque, Cambrigde, Iowa, como pude esquecer-me de Iowa! Viver como bolsista, não resolveria minha angústia. Vem alívio, vem! De que adianta o enorme respeito que eu guardo por mim, se o milhões de veados estão sendo imolados de duas em duas horas. Olhe, o contador! Onde? Onde? Lá no fundo das minhas lamentações. No muro guardei um nome: perdão. Me perdôo antes de tudo por ter fracasado. O orgulho ferido não é mais uma chaga e não faz sentido usar esse lenço no pescoço. Deixo isso para os autênticos gaudérios. É mais sincero.

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