7 de jun. de 2004

Decidido, abri o portão. A madrasta me servirá de personagem. Vagarosamente o Vectra saiu. A porta do passageiro aberta. Encaixo-a com precisão, quase com carinho, sem precisar batê-la. Minhas cicatrizes se coçando como se quisessem me alertar para a multiplicação do vírus. É gripe, disse, após espirrar. Resfriado, vim saber mais tarde. Mas isso não importa. Ontem, antes de te atualizar, Dicla, (como podes ver, o que acabou não ocorrendo) fui buscar inspiração na minha correspondência... Não sei quem telefonou para a Adriana (vou matar o filho-da-puta, quando descobrir). Várias mensagens vindas dela para me fazer mostrar os dentes; sinceros. Ela sempre os quis assim. Convites e promessas que nunca se concretizarão, porque não se realizaram quando nos almoçávamos com as mãos. Imagens e poemas através do MSN. (Foi uma tortura fazê-la dizer qual era o site.) Diante tanta atenção, esqueci-me de agradecê-la. Bobagem, me diria, pessoalmente. É verdade! Dispensamos essas formalidades babacas. Para constar: ela salvou minha semana. Por isso a amo de um jeito que só ela gosta. Agora, sou um coelhinho a manter uma leoa dentro da minha toca. Felina disfarçada de madrinha. Fada destituída de poderes. Minha Catherine Zeta-Jones... o luar nunca foi suficiente para ela.

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