18 de jun. de 2004
Dicla?! És tu? O que aconteceu contigo? Às vezes, quase sempre, não te reconheço nas tuas entranhas. Hoje de madrugada, por exemplo, passei por ti e nem percebi que estavas mais robusto, com pele de quem toma suco de brócolis com levedo todos os dias antes de ir para a escola. Era um sonho. Avenida larga com muitos carros apressados e outros diaristas tentando atravessá-la. Do outro lado da pista, bem longe, acenavas para mim, entusiadamente, como se nós nos falássemos todos os dias. Então, acordei, mas continuei no sonho e ao meu lado o Naz ressonava, melodia para os meus olhos. Levantei-me para enxagüar a boca e o que se seguiu, me dou o direito de me censurar, por enquanto.
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