21 de mai. de 2004
Acordo com a sensação de ter dormido o necessário. São quatro horas. Madrugada de dezesseis graus. Fecho as janelas sem fazer barulho (impossível). Pego um cobertor no maleiro do quarda-roupa. Ao puxá-lo, cai uma revista-de-fotoshop. A sonolência se esvai por completo, sento-me na cama com ela no colo. Abro na página em que a atriz quarentona mostra os pelinhos contorno. Para que inventaram depilação? Levo a mão à boca, como se fosse tirar um pêlo perdido na minha saliva. São lembranças, de um novembro finado. Um interubano Brasília-Curitiba seria um ato insensato, mas não quando tudo que toco me lembra o quanto fui feliz rolando num tatame de pétalas. Meus livros de Geografia Econômica me convidam. Boto a revista de lado. Vou rever minhas anotações. Preciso tirar 8,5 na prova de hoje à tarde. Não posso ser jubilado.
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