9 de fev. de 2006

Cronologia da crise das caricaturas de Maomé

O Editor-chefe do jornal dinarmaquês "Jyllands Posten" demorou demais a pedir desculpas. Deveria pedir perdão, pois acredito que eles refletiram muito antes de publicar as charges. Em nome da suposta liberdade de imprensa, podemos publicar o que quisermos? Creio que não. O bem-estar coletivo sobrepõe-se sobre a liberdade expressão. Não seria do interesse da Impressa noticiar um fato que causaria caos. Ou seria? Espalhar temor, medo e preconceito ao noticiar uma pandemia que se transmite com muita facilidade.

Apoiado na sátira, pode-se atacar os que estão no comando das instituições. O ataque deveria vir de quem está dentro do sistema e não de quem de fora tem uma imagem distorcida. Quem ver de fora ver melhor. Depende das intenções. Parafraseando Comte-Sponville, uma coisa é um judeu contando piada sobre judeus; outra coisa é um neonazista contando a mesma piada. O humor pode aliviar, ou pode nos humilhar. Serve para alimentar a esperança (A Vida é Bela) ou reforçar o preconceito. Admiro-me Copenhague passando por esse vexame. E eu que pensava que a Europa fosse educada. Queria só saber quem está por trás das publicações charges? Estou a correr atrás de hipóteses.

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