25 de mar. de 2004

DiCla,

Estou pensando quando a Tatah te receber de presente. Meu caderno aspiral com letra de seminarista. A felicidade se enrubecerá para sempre naquela pele de Branca de Neve. . As nuvens correrão para testemunhar o evento. E os Deuses as assoprarão para longe, com inveja da visão privilegiada de setembro. Isso mesmo. Vamos estabelecer prazos. Até sete de setembro, tu estarás manuscrito e até vinte de dezembro o primeiro rascunho estará pronto. (Primeiro rascunho? Não acredito que andas me traindo.) O sonho da Tatah se realizará, não poderei corrigir nenhuma vírgula displicente. A prova do meu crime está aberto para pespicácia da minha aluna. A crítica literária pousará sobre tuas páginas. Estarei longe, infelizmente. Que conclusões ela chegará? Ela perderá tempo contigo? Não sei. Nem nunca saberei. Tu és, agora, minha montanha de arroz para amassar. Um grão de cada vez, como nos ensinou a parábola. No mais, adoraria que seus leitores se manifestassem em relação a nossa verossimilhança. Chega um momento que consigo mais me ver no espelho.
Abraços,
Seu diarista comprometido.

P.S.: Vê se me responde, já me basta o silêncio da geladeira.

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