A Leitora de cílios encurvados lê o Dicla de baixo pra cima. Costume oriental, teria me confessado, após ajeitar o travesseiro entre as pernas fustigadas. O Leitor de queixo escanhoado lê o Dicla de cima pra baixo. Costume empressarial, teria me confessado, após ter me empurrado uma colherada de mel com mastruço. Os outros leitores...Fato irrelavante. Eles se comportam segundo suas particularíssimas neuroses. A professora de Campinas "dá um transversal" para logo mais em baixo me sorrir em piruetas carbonizadas. O Rotweiller entra no Dicla, e preocupado com algumas palavras minusiosamente cifradas, me faz um interubano para saber o que foi fato e o que está sendo ficção. Ele quer saber se estou contemplando o amanhecer absoluto, ou se ainda sinto vontade de desenterrar a Taurus que mantenho escondida no terreno baldio aqui do lado. Eu te devolvi. Devolveu, não! Cada qual me interfere na medida exata de descrever aquilo que absolutamente ninguém pressupõe onde desaguará. Explico para quem me escreve cartas anôninas que me alivia deixar o relógio de pulso sentado na cadeira esperando o celular grampeado falar. Assim, hoje, preciso de três xícaras de água quente para mergulhar o nariz antes que o assistente volte. Antes existisse um vão entre o quarto de visitas e o escritório; o mofo e eu agradeceríamos.
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