20 de abr. de 2004
Ainda sobre o churrasco de domingo. Por debaixo do travesseiro acompanhei o ir e vir da bola. Levantei várias hipóteses. Questionei a validade do malte escuro derramado no chão. Reconheço minha ignorância diante a turba de oponentes que teimavam em tocar seus bumbos perto de mim. No churrasco do rival corria o risco de ser linchado, caso o Flamengo perdesse. Quem não era vascaíno, era anti-Flamengo. Da minha camisa fariam churrasquinho para eu comer. Calado eu ria constrangido. O que eles queriam mesmo era que eu fosse embora dali. Ser hostilizado não faz bem a auto-estima de ninguém. O olhar do Fornazze me protegia da água verde da piscina, mas não era suficiente.
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