14 de abr. de 2004

MUDANÇAS NA PAUTA



"Existem 200 tipos de negros. Se eu não for aprovado, recorro à Justiça", afirmou o estudante Ricardo Zanchet, de 18 anos, que pela terceira vez concorre a uma vaga para o curso de Química.

O rapaz reconhece que seus traços nem de longe lembram os da raça negra. "Não importa." Como forma de protesto contra o sistema de cotas, Zanchet pensou em ir com o rosto pintado de preto. "Mas pensei bem e percebi que teria minha inscrição indeferida. Não quis perder a chance."

In:Estado de São Paulo 13/04/2004

Se ele tivesse lido esta entrevista (no lixão virtual, encontro diamantes), não teria se dado ao trabalho. A comissão organizadora do vestibular da UnB não é previsível. Mas como eu gostaria que o tema da redação fosse relacionado a adoção das cotas para mestiços. Queria ver os aspirantes a bacharéis (e a licenciados também) tropeçando nas suas próprias falácias. A banca examinadora é uma mãe. Aposto um polenguinho que pedirão aos candidatos que dissertem sobre um tema subjetivo: paz, amor, justiça, misericórdia, compaixão. Da escada do gazedo vou admirar a batalha entre estudantes (ou seriam alunos?) apreensivos contra a Arte Argumentativa. Se o primeiro vencer, será a glória de todos. Cansado de escrevinhações volto-me para a minha pesquisa. Antes, vou pedir para a Vanessinha reservar um filme para mim. Qual? Este:


Porque o rosto deles estão pintados de preto? Talvez
aqui, tu encontras uma resposta.

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