22 de abr. de 2004

Olho para imagem de satélite e penso: "não sei por onde começar o plano de manejo." A fotografia está muito brilhante. As cores não combinam. Plotaram a imagem num papel muito mole. Não consigo reajustar a inclinação da minha mesa. A luz da iluminária está fraca. Minha cadeira baixa me dói a coluna. E poderia continuar com uma seqüência de queixas até completar 3.000 ou 5.000 palavras, vai depender do sarcasmo do meu orientador. Quando fujo das minhas obrigatórias, algo me empurra para elas. O Arthur acabou de chegar com os lápis demarcatórios. Vamos nos livrar logo desse carma. Depois do almoço, não sei para onde minha bússula vai apontar. Vou matar a aula de fotointerpretação aplicada ao planejamento urbano. É a decisão mais coerente. Nem penso em aparecer ao happy hour do Postinho. Bem que lá... eu poderia ouvir algumas histórias; aprender palavras novas. Mas, um plano se forma dentro de mim. Escrever é preciso, viver não.

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