3 de abr. de 2004

Enquanto não concluo minha relação de links. Vou adolescendo:

Minto.
A mentira dos pistilos,
Dos pistolos polenizados,
Por abelas, colibris e o vento.
Do vento que chove,
Da enxurrada que me arrasta para um final recomeço.
Um começo primário,
Primário de berço,
Berço de pólvora, que preciso senti,
Que preciso tocar para depois engolir.

E para depois ruminar.
Um bolo de pétalas para a massa pisar,
Pisotear com vontade como fosse matar.

Somos versinhos louquinhos para impressionar,
Quem desconhece a cultura das fotossintetizantes,
Bactérias guerreiras a nos dentrar.
A nos comer por fora.

E por fora é saboroso.
E libidinoso.
E muito, muito mesmo meloso.
Ácido meloso, que me dessarruma as tendões.
Que me acelera os intestinos.

De novo para dentro.
De novo para fora.
Como se estivesse me socando o feijão.
Fazendo paçoca.
Do meu coração.

São oito horas,
Ele acabou de chegar do Batalhão.
Condeno covardes, ao mostrar compaixão.
Se assim quiserem, digo perdão.
Lamento mentir,
Quando digo não.

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